“As ameaças actuais para a exploração sustentável dos recursos marinhos, e para a governação dos oceanos, com destaque para a pesca INN [ilegal], revelam a necessidade de reforçar permanentemente o controlo e a fiscalização. Este curso pretendeu, assim, ser um contributo para a conquista de maior capacidade, qualidade para o exercício das atribuições da UIGQ” aponta.
A responsável da UIGQ salientou ainda a importância da criação de uma “bolsa” de indivíduos tecnicamente preparados para desempenhar a função de inspector de pescas, tendo em conta as demandas do sector.
Na mesma linha, Eneida Gomes, em representação do Ministério da Economia Marítima, ressalva a importância do trabalho dos inspectores, sobretudo no combate à pesca “irresponsável” e salvaguarda dos recursos do ecossistema.
“O que faz dos inspectores de pesca pilares insubstituíveis no combate a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, implementado medidas legais e políticas que visam garantir a saúde da população e das espécies protegidas, reduzir os impactos ambientais inerentes uma pesca irresponsável, e garantir uma gestão eficaz das actividades de pesca e outras a elas conexas”, indica.
Vinte e oito formandos da região de Barlavento concluíram a formação, de 200 horas, de Inspectores de Pesca, realizada entre 18 de Novembro a 20 de Dezembro, no âmbito de uma parceria entre a Unidade de Inspecção e Garantia de Qualidade (UIGQ) do Ministério da Economia Marítima e Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A formação foi ministrada por técnicos nacionais provenientes de diferentes instituições, como o MEM, IMar, UNICV, IMP e Guarda Costeira.