A decisão, que saiu da Assembleia de dirigentes realizada a 20 de Dezembro, foi anunciada, em conferência de Imprensa, por Tomás Delgado de Aquino, do Sindicato de Metalomecânica, Transportes, Comunicações e Turismo (Simetec)
Entre outros pontos, a USV justifica a realização do protesto com o alegado clima de medo nos locais de trabalho, precariedade laboral, congelamento de salários, excessiva carga fiscal de trabalhadores por conta de outrém, não redução da idade de reforma dos marítimos, morosidade da justiça laboral e despedimentos abusivos.
Tomás Delgado de Aquino recorda que algumas das reivindicações são promessas não cumpridas pelo executivo.
“No programa do governo tem o compromisso de actualização salarial de 1% ao ano. Se fizermos as contas, desde 2016, já teríamos 5% de aumento, mas foi dado um aumento de 2,2 % para um grupinho reduzido de trabalhadores da função pública, e o que está a acontecer na função pública está a ter reflexo no sector privado”, diz.
“Também tem o compromisso de reduzir imposto de 1% ao ano para os trabalhadores. Já foi reduzido para as empresas, mas para os trabalhadores, que têm uma carga fiscal pesada, até agora não foi reduzido nem 1%”, reforça.
A União dos Sindicatos de São Vicente pede a mobilização dos sindicatos, bem como da sociedade para “mostrar o descontentamento contra o que classifica de situação socio-laboral crítica que se vive no país”.
Neste sentido Eduardo Fortes, presidente da USV, apela aos trabalhadores para que “dispam” as camisolas dos partidos.