Os dados foram avançados por Diogo Moeda, gestor da BIC, que falava à imprensa a margem da apresentação dos resultados BIC/ITIC, uma parceria entre a Câmara de Comércio de Sotavento e a BIC, com a Pró Empresa.
“Este evento é essencialmente para falarmos sobre as incubadoras em Cabo Verde e nós achamos que as incubadoras têm tido um impacto muito forte a nível mundial e em várias economias. Em Cabo Verde também temos tido algum impacto com altos e baixos e quisemos fazer uma conversa aberta com os vários sectores”, frisou.
Diogo Moeda frisou ainda que a BIC começou com actividades próprias como Bootcamp Starup Challenge, Sport Bootcamp na ilha do Sal, além de apoiar actividades como a Startup Weekend e a Semana Global do Empreendedorismo.
Em termos de capacitação empresarial a mesma fonte avança que foram capacitados não apenas os incubados da BIC, mas também os promotores de modo geral.
“Demos mais de 1200 horas de capacitação empresarial, com mais de 800 participantes ao longo desse tempo. Têm sido, basicamente, esses impactos: o apoio ao sector privado, às empresas startup que não estão na fase inicial, a capacitação empresarial de modo global. E criamos uma dinâmica, uma grande dinâmica empreendedora”, afirmou.
Conforme o gestor da BIC, em 2019 foram criados e implementados os programas e em 2020 vai-se consolidar os mesmos, além de estar previsto o desenvolvimento de outras actividades e criação novos programas para, assim, chegar a um mínimo de 28/30 empresas até ao final do ano.
“Por exemplo, estamos nesse momento a desenvolver o soft landing que vai ser um programa onde vamos acolher empresários que estão fora do país, sejam cabo-verdianos ou estrangeiros, que queiram vir para Cabo Verde implementar o seu negócio. Queremos nacionalizar, tornar os nossos programas nacionais, implementar também em outras ilhas”, finalizou.
Na mesma ocasião, o vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, disse que o governo em parceria com a Câmara de Comércio de Sotavento e com as demais Câmaras do Comércio do país, tem de criar as condições para que os jovens possam testar soluções e possam ir para o mercado com negócios “bem montados”.
“Temos de preparar os jovens para que possam não só ter ideias, mas terem capacidade para gerirem negócios e possam criar valores. Já vimos aqui em como é possível. Temos de aumentar a escala não só a nível de Santiago, mas a nível de todo Cabo Verde porque temos jovens com capacidade de todas as ilhas que precisam de ter oportunidades para empreender, para inovar, para criar empregos para si e para a sua comunidade, fazendo avançar o país”, considerou.
Para o presidente de Câmara do Comércio de Sotavento, Spencer Lima, as Câmaras do Comércio e o sector privado fazem parte de toda a estrutura de desenvolvimento do país.
“O senhor vice-primeiro-ministro tem dito sempre que é preciso melhorar a capacidade de governação das empresas, que as empresas têm de ter maior capacidade em termos de gestão da própria empresa. É o que estamos a fazer aqui, estamos a iniciar empresas já com o futuro traçado. Nós não queremos que as empresas sejam iniciadas sem ter um caminho, sem saberem o que vão fazer”, garantiu.