O também titular da pasta das Finanças, que falava durante o acto solene de inauguração do BCN Business Praia, disse que o país precisa de uma classe empresarial forte, constituída por micro, pequenos, médios e grandes empresários.
“Constituída por micro, pequenas e médias e grandes empresas que conseguem inovar, conseguem competir, conseguem criar valor, conseguem gerar empregos e rendimentos para toda a sociedade cabo-verdiana em todas as ilhas de Cabo Verde e na diáspora”, manifestou.
Para Olavo Correi, é preciso ser um país pró empresa, pró investimento, pró aqueles que correm riscos.
“Então, quero aqui fazer um apelo ao sistema bancário e ao BCN, apoiemos os talentos cabo-verdianos que são talentos empresarias, sejamos aqui também exemplos de quem confie na economia cabo-verdiana e nos empresários cabo-verdianos, e podem contar com o estado, para que possamos criar instrumentos para apoiar e incentivar aqueles que querem criar valor”, apelou.
Acrescentou ainda que não cabe ao Estado comprar e gerir riscos, mas sim, o privado. Ao Estado cabe, conforme referiu, ser supletivo, ajudar a partilhar riscos, a criar oportunidades, a incentivar e a promover aqueles que são talentos.
“E com base neste entendimento, nós temos 5 milhões de contos para apoiar o sector privado cabo-verdiano. Só no ano passado, nós conseguimos dar, e recebemos o apoio de BCN, 1 milhão de contos de créditos ao sector privado”, informou.
Na mesma ocasião o presidente do grupo Ímpar e da direcção executiva da BCN, Luís Vasconcelos, afirmou que o projecto BCN, enquanto grupo Ímpar e grupo privado, é para poder ir ao encontro daquilo que são as necessidades do sector privado.
“ Este é um projecto que resulta das mais-valias que nós, enquanto investidores e empresários cabo-verdianos, conseguimos na indústria seguradora e estamos neste momento a fazer o investimento no sector bancário e sabemos lá onde dói aos empresários e procuramos as respostas”, constatou.
Dentro do business, conforme fez saber Luís Vasconcelos, criou-se segmentos específicos para cada tipo de actividade.
“As grandes empresas têm um departamento específico que responde as suas necessidades e depois temos aquele que nós chamamos de microcrédito. É uma unidade que está a ganhar peso, está a ganhar volume, com isso estamos a estabelecer parcerias com instituições microcréditos. Procuramos dar respostas de acordo com a tipologia do cliente que nos aborda”, proferiu.
O BCN business foi inaugurado, em Junho na ilha do Sal, e em Outubro na ilha de São Vicente.