​Aldeias SOS preocupadas com situação de crianças na rua em São Vicente

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,10 abr 2020 13:46

O director nacional das Aldeias Infantis SOS afirmou hoje que a situação das crianças em situação de rua em São Vicente tornou-se complicada, já que não têm capacidade de total protecção para continuarem a fazer o trabalho na rua.

Dionísio Pereira, que falava à Inforpress sobre o plano adoptado pela instituição e as medidas de protecção implementadas no âmbito da pandemia do novo coronavírus, disse que apesar da situação actual tem estabelecido contactos com os familiares desses meninos.

“As crianças de rua é a nossa maior preocupação e a situação em São Vicente é a mais complicada, porque nem todos os meninos acatam as orientações que são dadas e muitas delas têm dificuldades de permanência em casa porque tem problemas de relacionamento com a própria família e muitos dos casos o próprio padrasto não esta interessado”, referiu.

O director adiantou que neste momento os casos identificados em São Vicente tornaram-se “complicados” porque os técnicos não têm capacidade total de protecção para continuarem a fazer o trabalho na rua.

“Mas dentro do possível, vamos estabelecendo contactos com as famílias desses meninos aconselhando, orientando dando pistas de procedimentos que devem adoptar”, apontou o director, que assegurou que estão a trabalhar para encontrar formas “mais consistentes” para apoiá-las neste momento de crise.

Revelou que iniciaram o plano com uma fase preparatória das unidades, das aldeias, dos meninos e das mães com sessões de informações sobre a covid-19, o que se passa e formas de prevenção e depois criaram todas as condições para a equipa trabalhar a partir de casa, utilizando os meios tecnológicos, e posteriormente foi mobilizado recursos para garantir a alimentação por mais de um mês a nível das aldeias.

Acrescentou que neste momento as aldeias estão fechadas há mais de dez dias, ninguém entra e ninguém sai, mas mantém as suas actividades académicas, desportivas e culturais no interior do recinto e são acompanhados por uma equipa de quatro psicólogos.

“Simultaneamente foram produzidas orientações por escrito, em que todos tem recebido a nível das estruturas e alojamentos com crianças, uma parte significativa dos profissionais de todas as categorias tem recebido formações on-line de modo a aproveitar esse período de isolamento”, referiu.

Segundo avançou, alguns dos serviços foram afectados com a situação da pandemia, e a instituição deixou de ter sessões presenciais com os colaboradores, já que neste momento dispõem de meios tecnológicos que lhes permite trabalhar e comunicar onde estiverem.

Por outro lado, mencionou que o orçamento será afectado também, porque grande parte das instituições empresas que colaboram com as Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde foram atingidos por essa pandemia.

“A auditoria externa será afectada também, mas em relação a outros aspectos, estamos a adoptar medidas correctivas de maneira que a dinâmica e os resultados previstos da organização não sejam demasiados afectados”, indicou Dionísio Pereira, que disse ainda que estão a atravessar esta crise como um processo de aprendizagem.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,10 abr 2020 13:46

Editado porFretson Rocha  em  17 jan 2021 23:20

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