Na conferência diária de COVID-19, Jorge Barreto adiantou ainda que o paciente tem 65 anos de idade e outros problemas de saúde, como hipertensão arterial, sendo o primeiro paciente em Cabo Verde a recorrer ao uso dos ventiladores.
“Como acontece nos outros países, são doentes que têm o maior risco, a maior probabilidade de evoluir para uma situação de gravidade. E infelizmente, foi o que aconteceu, o doente está realmente numa situação bastante crítica e estamos a aguardar para ver qual vai ser a evolução deste caso”, anunciou.
Jorge Barreto disse ainda que o ministério da Saúde teve o conhecimento de pessoas a fazerem consumo de bebidas alcoólicas nos espaços de isolamentos. Por isso, apelou ao bom senso, paciência e coragem para colaborarem com as recomendações da equipa de saúde e evitar situações do tipo.
“Nós sabemos que é uma situação extremamente complicada, difícil, que causa muita ansiedade, mas gostaríamos de pedir a essas pessoas que tenham um pouco de bom senso, muita paciência, coragem para colaborarem com as recomendações da equipa de saúde, na medida do possível tentar um diálogo, mas para evitar esse tipo de situação”, pediu.
Relativamente à Linha Verde, que não estava a funcionar devido a problemas técnicos, este responsável fez saber que o problema já foi resolvido.
Quanto aos 26 casos positivos de hoje, o director do Serviço de Controlo e Prevenção de Doenças referiu que 23 são de contactos de outros casos já conhecidos e três eram casos suspeitos.
A cidade da Praia regista hoje um caso suspeito.
O país soma um total de 244 pessoas internadas, sendo 236 na Praia, 6 na Boa Vista, dois em Tarrafal de Santiago e 381 pessoas em quarentena. Hoje, ninguém teve alta dos isolamentos.
Cabo Verde regista até ao momento 315 casos confirmados, 256 na ilha de Santiago (252 na Praia, dois em Tarrafal e dois em São Domingos), 56 na Boa Vista e três em São Vicente. Dos 315, há, até este momento, 67 recuperados e dois óbitos.
A capital representa 80% do total de casos já notificados, Boa Vista 17,8%. A taxa de letalidade global está em 0,6% e a taxa de letalidade para pessoas com mais de 60 anos está em 7,7%.