A maioria dos telemóveis em utilização no país tem acesso à Internet, e a maioria dos cidadãos utilizadores permanece online todos os dias, segundo a pesquisa.
Mas ainda existem grandes diferenças entre as áreas rural e urbana e a pobreza na propriedade de dispositivos, acesso e uso da Internet.
Conforme o mesmo documento, os residentes rurais acompanham os residentes urbanos na posse de dispositivos domésticos necessários para acessar aos programas de e-learning.
“Da mesma forma, os agregados familiares economicamente mais abastados são consideravelmente mais propensos do que os agregados mais pobres a possuir esses dispositivos. Os economicamente mais abastados têm cinco vezes mais chances de ter computadores do que aqueles com alta pobreza vivida (69% vs. 14%)”, lê-se no documento.
A mesma fonte indica que entre os entrevistados que possuem telemóveis, mais de três quartos (78%) dizem que seus telefones têm acesso à Internet. A propriedade de smartphones é consideravelmente maior entre os entrevistados mais ricos e os urbanos.
Mais da metade (55%) dos cabo-verdianos dizem que usa a Internet "todos os dias." Apenas um em cada quatro (26%) dizem que "nunca" fica/permanece online.
O uso diário da Internet é duas vezes mais comum entre os mais ricos que entre os mais pobres (68% vs. 31%). Para a realização desse estudo, foram entrevistado 1.200 adultos cabo-verdianos entre 8 e 22 de Dezembro de 2019.
Essa amostra gera resultados ao nível do país com uma margem de erro de +/- 3 pontos percentuais com 95% de intervalo de confiança.
Após o encerramento das escolas devido à pandemia da COVID-19, o Governo aproveitou as tecnologias como televisão, rádio, e internet para oferecer oportunidades de aprendizado remoto aos estudantes.
De acordo com o estudo, embora Cabo Verde seja classificado como o quarto país mais alfabetizado da África, este facto sugere que os cidadãos pobres e dos meios rurais podem enfrentar desafios para acessar as plataformas de e-learning disponibilizadas pelo Governo.