Os dados foram hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) no âmbito do relatório Inquérito Multiobjectivo Contínuo (IMC) sobre o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação.
O estudo mostra que 67% das famílias cabo-verdianas têm acesso à internet no seu alojamento.Contudo, a população urbana está em vantagem apresentando uma incidência de 73,6% do seu agregado que tem acesso à internet no alojamento em relação à população rural que apresenta uma percentagem de 51,6%.
Globalmente, estima-se que, desde 2014, a proporção de agregados familiares com acesso a internet no alojamento tenha aumentado consideravelmente, em cerca de 34,8 pontos percentuais(p.p.).
O principal meio de acesso à internet no alojamento é o telemóvel.Isto porque 93,0% dos agregados com acesso à internet no alojamento o têm através do serviço net móvel.
13,0% têm acesso a internet através do serviço ADSL; 10,1% através do Pen 3G; 1,4% através de praças digitais e 0,4% através da rede do vizinho.
O IMC 2019 estima que 71,7% dos indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos de idade possuíam um telemóvel. Destes, a maioria (37,7%) tem idade compreendida entre 35-64 anos e a distribuição entre os sexos é igualitária.
A posse de telemóvel é maior no meio urbano onde 76,4% da sua população possuíam um telemóvel contra 62,0%nomeiorural.
Dos 158.431 agregados familiares estimados pelo IMC 2019, 47,5% possuíam um aparelho de rádio no alojamento. A percentagem é maior no seio dos agregados urbanos onde 50,9% deles possuíam pelo menos um aparelho de rádio contra 39,5% dos agregados do meio rural.
Por outro lado, o inquérito estimou que 83,3% dos agregados familiares possuíam pelo menos um aparelho de televisão. A semelhança do rádio, esta incidência é maior no meio urbano, com 86,8%, do que no meio rural que apresenta uma percentagem de 75,1%.
A televisão multicanal (por assinatura, a cabo ou via satélite) é um privilégio para 30,8% das famílias cabo-verdianas, particularmente das residentes no meio urbano (33,2%).
O telefone fixo vem caindo em desuso com o passar dos anos. Entre 2014 e 2019 a proporção dos agregados familiares que possuíam telefone fixo sofreu um decréscimo de 11,5 p.p., sendo de 1,2 p.p. entre 2018 e 2019. Em 2019, 19,5% dos agregados familiares possuíam telefone fixo em casa.
De acordo com o INE, 9.918 agregados familiares selecionados de forma aleatória e independente dentro de cada concelho, participaram do inquérito, traduzindo-se num total de 549.699 indivíduos.
A implementação do Inquérito Multiobjectivo Contínuo (IMC),inquérito integrado juntoàs famílias, insere-se no âmbito das atividades realizadas pelo INE