Conforme informações disponibilizadas no site da empresa gestora dos Portos – Enapor, a primeira fase do Concurso para as obras de construção do Terminal de Cruzeiros do Mindelo, lançada a 27 de Janeiro de 2020, culminou com a pré-selecção de cinco empreiteiros.
As empresas seleccionadas, segundo a mesma fonte, passam agora para a segunda fase, que consiste na entrega das propostas técnicas e financeiras para as obras que serão executadas em regime de “chave na mão”.
De acordo com o regulamento do concurso, no dia 27 de Agosto está prevista uma visita técnica obrigatória ao local destinado à construção do Terminal de Cruzeiros do Mindelo, que deverá iniciar-se em 2021, e as empresas têm até 30 de Outubro para entregar as propostas técnicas e financeiras.
Os empreiteiros que passam para a fase seguinte são assim Afcons Infrastructures (Índia), Conduril Engenharia (Portugal), Mota-Engil/Empreitel Figueiredo (Portugal/ Cabo Verde), Sogea-Satom/Dumez Maroc (França/Marrocos) e Soletanche Bachy International (França).
A 15 de Julho, o Governo e o Fundo Orio, da Holanda, rubricaram o acordo de donativo, a fundo perdido, no montante de 10 milhões de euros, para a construção do terminal de cruzeiros, no Porto Grande de São Vicente, orçado na globalidade em 29 milhões de euros.
Desse montante, 16 milhões correspondem ao financiamento já garantido pela OFID, uma instituição de financiamento ao desenvolvimento criada para promover o progresso social e económico no mundo, cujo acordo foi rubricado, em Washington, no mês de Abril, sendo que o restante financiamento corresponde à contrapartida nacional.
O projecto do terminal de cruzeiros já é tido como “muito importante” para a economia de Cabo Verde, no entendimento do Governo, pois o mesmo vai ser “naturalmente” uma zona de expansão do Porto Grande, neste momento “bastante congestionado” com a actividade da pesca e de movimentação da carga convencional, entre outros factores.
O terminal de cruzeiros projectado para o Porto Grande de São Vicente terá dois berços de 400 e 350/300 metros, respectivamente, uma profundidade máxima de 11 metros, e será servida por uma gare marítima para passageiros, uma vila turística junto à marginal que vai ter lojas, free-shops, restaurantes, bares, pequenos museus e souvenir.