O Ministério Público esclarece ainda em comunicado que já no dia 16 Julho a vítima tinha apresentado uma queixa-crime na Esquadra da Polícia Nacional de Santa Cruz, que deu entrada na Procuradoria da República da Comarca de Santa Cruz logo no dia 17 do mesmo mês, onde o suspeito vinha indiciado da prática de um crime de ameaça e de um crime de violação da intimidade de vida privada.
“Entretanto, no dia seguinte, 18 de Julho de 2020, a vítima compareceu na Procuradoria da República da Comarca de Santa Cruz, acompanhada da sua representante legal e do então denunciado, altura em que solicitou a desistência da queixa, argumentando que tudo não passava de um mal-entendido e que o problema já tinha sido resolvido”, lê-se no comunicado.
Segundo o mesmo comunicado, ao suspeito da prática do crime, um jovem de 23 anos, detido na madrugada de quarta-feira, foi aplicado depois do primeiro interrogatório judicial a prisão preventiva como medida de coação.
Testemunhos relataram à Inforpress que o suposto assassino “tinha obsessão" pela vítima", "a perseguia há algum tempo” e chegou a criar um perfil falso da vítima no Facebook, passando a impressão de que ela era sua namorada.
A vítima, que morava em Achada Laje, município de Santa Cruz, chegou a dar queixas na polícia, acção que o suposto autor do assassinato não terá gostado.
Entretanto, de acordo com as informações obtidas pela Inforpress, o indivíduo chamou Lavínia para conversarem e, na sequência disso, desferiu-lhe golpes fatais.
A delegada de Saúde de Santa Cruz, Evily Martins, explicou à Inforpress que quando na passada terça-feira a sua equipa chegou ao local do acontecimento encontrou a jovem já sem vida.