Em causa, segundo avançou à Inforpress Aníbal Borges, está “o não pagamento do prémio de produtividade” sobre os resultados de 2019, que foi aprovado pela assembleia-geral dos accionistas em meados deste ano.
“Segundo informações da comissão executiva o assunto está ainda dependente do Grupo Caixa Geral de Depósito, maior accionista, o que nós não concordamos porque na verdade se a decisão foi tomada em assembleia-geral de accionistas, a Caixa Geral é apenas um acionista, portanto não podia opor e se tivesse de opor poderia o ter feito na assembleia e não agora”, precisou o sindicalista.
Outras motivações para o STIF avançar com a greve, apontou, é o congelamento salarial desde o ano de 2015, a suspensão da moratória sobre os créditos pela comissão executiva anterior e cortes de alguns direitos dos trabalhadores nos cuidados de saúde prestados pelo banco aos trabalhadores do sistema privativo.
Por último, mencionou “o não cumprimento integral” de um acórdão do Tribunal de Relação do Sotavento em relação ao processo ganho pelo STIF em representação dos trabalhadores afectos ao fundo privativo de pensões.
Aníbal Borges disse que apesar de muitas insistências do sindicato e dos próprios trabalhadores, através de notas, ainda não tiveram uma resposta da administração do BCA.
No passado dia 11 de Novembro, continuou, houve um encontro com o novo presidente da comissão executiva, que prometeu dar um andamento a esta questão, mas até este momento “ele não fez nenhum ponto de situação”.
“Enviamos agora uma nota pedindo para fazerem o pagamento do prémio de produtividade, conjuntamente com o salário de Dezembro, já efectuado no dia 15, mas não incluíram o prémio de produtividade, aprovado este ano”, informou.
Em relação a data exacta para a greve, adiantou à Inforpress que neste momento o sindicato encontra-se em processo de auscultar os trabalhadores, mas “tudo leva a quer que irá acontecer nos últimos dias de Dezembro”.