Ordem de Engenheiros chama atenção para o aumento dos acidentes de trabalho

PorSheilla Ribeiro,17 dez 2020 16:27

A Ordem de Engenheiros de Cabo Verde chamou hoje a atenção para o aumento das construções e o consequente aumento de acidentes de trabalho, alguns com perda de vidas humanas. A Ordem mostrou-se disponível para trabalhar no upgrade do decreto-lei 64/2010 de 27 de Dezembro referente à segurança de saúde no trabalho.

A chamada de atenção da Ordem dos Engenheiros foi feita hoje, na Praia, durante uma conferência de imprensa.

“O objectivo da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde é chamar a atenção para o facto que com o aumento das construções verificaram-se mais acidentes de trabalho. Alguns deles com perda de vidas humanas e neste período particular, de pandemia, gostaríamos de assegurar que o facto de ter havido alguma perda de produtividade não se façam as construções à custa da diminuição da segurança e de saúde no trabalho, para a qual nós até temos legislação”, apontou Águeda de Burgo, vice-presidente da Ordem dos Engenheiros.

A Ordem alertou ainda os técnicos da área de engenharia, nomeadamente, que não pode haver obras sem um responsável de segurança de saúde no trabalho. Águeda de Burgo frisou ainda que estes responsáveis têm de ser pessoas com capacidade técnica para avalias os riscos e para poder acautelar a vida dos trabalhadores e das pessoas expostas.

“Quando nós estamos a falar de construção civil, não são só os trabalhadores que estão em causa, se for feita na via pública podemos ter pessoas expostas. A Ordem dos engenheiros de Cabo Verde põe-se na disponibilidade de trabalhar com todos os parceiros sociais e com os organismos como o Ministério de Trabalho para que possamos trazer este debate para a sociedade e conseguirmos melhorar o nosso ambiente de segurança de saúde no trabalho”, anunciou.

A conferência, proferiu, deve-se a um “acumular” de vários acidentes no trabalho que têm acontecido nos últimos tempos.

Conforme revelou, desde o ano passado têm ocorrido alguns acidentes com electrocuções, embora não tenha dados estatísticos que são fornecidos pela Inspecção Geral do Trabalho. Por sua vez a Ordem, afirmou, tem estado a acautelar os acidentes, internamente.

“Já demos formação na área de segurança de saúde no trabalho e sabemos, quando se dá formação aos trabalhadores a nossa probabilidade de existir um acidente de trabalho é bastante diminuída. É isto que nós queremos alertar. Estamos a pensar nisso há bastante tempo, mas cabe alargar a toda a sociedade civil inclusive aos trabalhadores que têm de acautelar a sua segurança”, exprimiu.

Águeda de Burgo mencionou ainda que a Ordem tem verificado que as grandes obras têm fiscalização e que por isso, a preocupação maior são as pequenas obras, como por exemplo obras de remodelação, que têm de ser fiscalizadas interna e externamente.

“Daí que nós dizemos que é necessária toda a gente olhar para o decreto lei que já existe para a construção civil e implementar a legislação. A ordem está disponível para trabalhar num upgrade da legislação porque há coisas que necessitamos que sejam regulamentadas em termos de segurança de saúde no trabalho. Temos ruído, substâncias tóxicas, a questão de manuseamento manual de cargas, riscos eléctricos, espaços confinados”, indicou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,17 dez 2020 16:27

Editado porSheilla Ribeiro  em  18 dez 2020 15:34

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