Esta informação foi revelada a Inforpress hoje à noite pelo Secretário da Embaixada e encarregado da Secção Consular de Portugal em Cabo Verde, Tiago de Brito Penedo, alegando que a votação decorreu com toda a normalidade.
Com o número de votantes a superar os 10 por cento, “algo muito difícil de acontecer em votações no estrangeiro”, Tiago de Brito Penedo, que é também presidente da Comissão de Recenseamento de Portugal em Cabo Verde, justificou este aumento de eleitores pelo facto de “não existirem tantos impedimentos aqui como os existentes em Portugal”, nestas eleições marcadas pela pandemia da covid-19.
“Aqui consegue-se circular livremente, as condições de meteorologia são diferentes, o que pode ter motivado os votantes a virem até as urnas”, esclareceu, sublinhando que neste escrutínio foram respeitadas todas as restrições impostas pela pandemia da covid-19 e todas as indicações da Direcção-Geral de Saúde (DGS).
Separadores de vidro, álcool-gel e desinfecção das mãos, lugares marcados no chão foram as estratégias implementadas para evitar um eventual contágio, nesta assembleia de voto que cobre os inscritos da Praia e do Sal.
Em Cabo Verde houve duas mesas de voto, uma na Praia com cerca de 2.400 eleitores, dos quais 300 são da ilha do Sal e outra no Mindelo com cerca de 1.300 inscritos.
As assembleias de voto para as eleições presidenciais abriram às 08h00 de hoje e encerraram às 19h00.
Mais de 10,8 milhões de eleitores foram chamados a escolher o novo Presidente da República portuguesa, que sucederá a Marcelo Rebelo de Sousa, sendo sete os candidatos aceites.
As projecções a nível de Portugal apontam para a reeleição do professor Marcelo Rebelo de Sousa com 55 a 62% de votos, o que inviabiliza a segunda volta que seria disputada a 14 de Fevereiro.
Para o sufrágio de hoje estavam inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.