Militares que maltrataram colegas podem ser expulsos das Forças Armadas

PorExpresso das Ilhas, Lusa,20 mai 2021 7:00

Os militares cabo-verdianos que maltrataram colegas, obrigando-os a simular actos sexuais, poderão ser expulsos, disse o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA), major-general Anildo Morais.

Em declarações aos jornalistas na cidade da Praia, o chefe da tropa cabo-verdiana deu conta que entre as possíveis punições para tais actos está a máxima, que é a prisão disciplinar agravada, ou mesmo a expulsão da instituição castrense cabo-verdiana.

Tal como já tinha sido adiantado na terça-feira pelo gabinete do CEMFA em comunicado, Anildo Morais afirmou que já foi aberto um processo disciplinar e um processo-crime contra os militares que obrigaram os colegas a simular tais atos.

"Posso afiançar mesmo que serão severamente punidos para que sirva de exemplo, para que ninguém, mais nenhum militar possa cometer actos do tipo", garantiu o responsável máximo das Forças Armadas cabo-verdianas.

Segundo Anildo Morais, os vídeos divulgados na terça-feira nas redes sociais são "bastante chocantes", mas afirmou que não identificam toda a instituição militar cabo-verdiana.

"Infelizmente aconteceu, mas foram atos praticados entre soldados, mas só que neste caso em particular ultrapassaram os limites aceitáveis e nós estamos extremamente chocados e indignados com esses atos irresponsáveis e de imediato tomámos medidas para averiguar esse tipo de comportamento", disse.

O major-general garantiu que não vai pedir a sua demissão do cargo, salientando que foi um ato isolado entre soldados no seu momento de lazer.

"É claro que estamos indignados, revoltados, e vamos tomar medidas, mas não sinto que me belisca como chefe de Estado-Maior das Forças Armadas", respondeu, dizendo que então toda a linha de comando teria de demitir-se.

"Estamos totalmente à-vontade. Então teríamos que pedir a demissão desde o comandante da Companhia, que é o responsável próximo dos soldados, temos ainda o adjunto do comandante, o comandante da região, o comandante da Guarda Nacional e Chefe de Estado Maior. Seria todos em cadeia a pedir a demissão e na tropa isso não funciona dessa forma", completou.

Numa mensagem divulgada quarta-feira, o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que é comandante supremo das Forças Armadas do arquipélago, disse que está a acompanhar a situação envolvendo "factos de muita gravidade" em instalações militares do país.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,20 mai 2021 7:00

Editado porAndre Amaral  em  30 dez 2021 23:20

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