Acarinhar defende criação de políticas apropriadas às especificidades de crianças e jovens com paralisia cerebral

PorSheilla Ribeiro,30 jun 2021 11:57

A Associação das Famílias e Amigos de Crianças com Paralisia Cerebral defendeu hoje a criação de políticas apropriadas às especificidades de crianças e jovens com paralisia cerebral.

A posição da Acarinhar foi manifestada pela presidente da associação, Teresa Mascarenhas, à margem de um Atelier de Pintura “Estamos Aqui! Não há Amor sem Acção”.

“ [Estamos aqui!] Porque essas crianças ficam em silêncio, escondidas, como não saem às ruas para gritar e para exigirem os direitos que elas têm, então muitas vezes toda a sociedade esquece dessas crianças. Falam mais de outras crianças que incomodam. Infelizmente, essas crianças não incomodam. É por isso que estamos a chamar a atenção que essas crianças existem, que devemos pensar numa política apropriada de acordo com as especificidades próprias do grupo das crianças e jovens com paralisia cerebral”, apelou.

Teresa Mascarenhas avançou que o Atelier de Pintura “Estamos Aqui! Não há Amor sem Acção” está enquadrada na comemoração do mês de Junho, mês da criança, para proporcionar às crianças da associação um dia diferente.

“É o primeiro momento que elas [crianças] têm a oportunidade de sair de casa. Por outro lado, é aproveitar a data, que é muito importante, para uma vez mais continuar sempre a sensibilizar a sociedade cabo-verdiana sobre a problemática da paralisia cerebral também questões de inclusão desses meninos”, proferiu.

Para a presidente da Acarinhar, além das escolas, é preciso outras alternativas para crianças com paralisia cerebral, uma vez que muitas delas não frequentam escolas, além das limitações, sobretudo motoras.

“A arte é uma das formas mais apropriadas que devem ser utilizadas para a inclusão. Porque, através das artes, as crianças conseguem transmitir para o papel, ou tela, o que vem da alma, muitas vezes não conseguem transmitir através da fala. A arte é o caminho da inclusão. Se queremos uma verdadeira inclusão, principalmente dos meninos que têm muitas limitações, devemos apostar na arte, na música, dança e pintura de que elas gostam”, frisou.

Para além do Atelier de Pintura, a Acarinhar fez uma exposição de livros infanto-juvenil em braille, áudio-livro, vídeo-livro, sistema pictográfico da comunicação, língua gestual portuguesa e multissensorial.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,30 jun 2021 11:57

Editado porSheilla Ribeiro  em  1 jul 2021 7:08

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