Estes dados foram avançados hoje pelo embaixador dos EUA em Cabo Verde, Jeff Daigle, durante o lançamento da primeira pedra da construção da nova representação diplomática EUA no arquipélago.
Na ocasião, o diplomata admitiu que ainda resta “muito” trabalho a ser feito para que a embaixada se torne realidade, porém garantiu que os benefícios da nova embaixada compensarão “muito” o tempo de espera e os esforços atribuídos.
A construção da missão diplomática, segundo o embaixador, “por si só”, irá injectar “mais de 100 milhões de dólares” na economia cabo-verdiana, o que criará novos empregos, tanto durante a fase da construção, quanto na inauguração das novas instalações.
“Vamos trabalhar com empreiteiros locais e compartilhamos com eles práticas de construção mais recentes e inovadores”, disse, salientando que a nova embaixada será erguida com materiais de construção sustentáveis, bem como tecnologias de energias renováveis e conservação da água.
Ademais, acrescentou Jeff Daigle, a futura embaixada irá celebrar a arte americana e cabo-verdiana, homenageando os laços entre si, de longa data.
“O resultado final será um espaço maior, mais confortável, mais convidativo e mais acessível aos visitantes da embaixada, incluindo os solicitantes de vistos e estudantes que queiram explorar oportunidades de educação nos Estado Unidos”, sublinhou.
Conforme sustentou o diplomata, a futura embaixada irá permitir o aprofundamento e ampliação do relacionamento bilateral em todo o leque de parcerias, incluindo o crescimento de laços comerciais e direccionais à expansão de intercâmbios educacionais e profissionais e o fortalecimento da segurança e da cooperação na aplicação de lei.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Rui Figueiredo Soares, adiantou que com a nova embaixada o País aportará “significativas melhorias” no trabalho da missão diplomática e também melhorias no que diz respeito ao “conforto” e acolhimento dos cidadãos, nas suas demandas quotidianas no âmbito da interacção antiga e profunda com os EUA.
“Para além do edifício físico em si , o Governo de Cabo Verde regista, com profundo apreço, confiança subjacente a este gesto e à decisão do governo americano, uma vez que reflecte uma ambição significativamente maior na construção de uma relação bilateral mais sólida, mais profunda e mais ampla”, referiu o governante.
Por seu turno, o presidente da Câmara da Praia, Francisco Carvalho, avançou durante a sua alocução que a construção da embaixada dos EUA em Cabo Verde reveste de um “enorme simbolismo, uma grande honra e satisfação”.
“Neste momento, é fundamental sublinhar a amizade, a relação de séculos que unem estes dois países, EUA e Cabo Verde”, ressaltou o autarca, destacando os EUA como um destino “importante” para a comunidade cabo-verdiana no mundo, pelo que sustentou que a nova embaixada vai estreitar as relações entre estes dois países.
A futura Embaixada será edificada na zona central da cidade, próxima do Palácio do Governo, e prevê-se uma estrutura segura, funcional e resiliente para os serviços diplomáticos e consulares.
A nova Embaixada albergará 290 funcionários, registando um crescimento de 35%, com criação de centenas de postos de trabalho no período de execução das obras de construção.
Para a execução dos trabalhos, tanto da nova Embaixada, como do Novo Liceu da Várzea, será ocupada uma parcela de cerca de 4,6 hectares (46 mil metros quadrados) e o custo total do projecto ronda os 440 milhões de dólares, que se traduzirão num investimento na economia local de cerca de 100 milhões de dólares.