A afirmação da ACRIDES vem na sequência da acusação da Associação Unidos para o Desenvolvimento de Tira – Chapéu (AUPDTC) de que estariam impedidos de frequentar o espaço onde funciona a sua sede, há cerca de três meses.
Numa nota enviada ao Expresso das Ilhas, a ACRIDES refere que a escola lhe foi cedida desde 2013 e que sempre esteve e estará de portas abertas para a comunidade e qualquer membro desta.
Na decorrência desta abertura, prossegue, a associação recebeu “de braços abertos” a AUPDTC, demonstrando total abertura para trabalharem em conjunto, a favor da comunidade, oferecendo inclusive as chaves da biblioteca, acesso à sala de formadores e uma sala na escola para trabalharem.
“Porém, qual o foi espanto, quando de repente a AUPDTC decidiu mudar a senha dos computadores da sala dos coordenadores, deixando todos sem acesso, ainda as únicas chaves da biblioteca, apossaram-se delas bloqueando a entrada aos restantes. Na sequência, e tendo a ACRIDES recebido por parte da Cooperação Portuguesa quatro computadores novos, por questões de segurança, e por não ter acesso às chaves, procedeu à mudança da fechadura da biblioteca, depois de tentativas de contacto para reaver a única chave da mesma, junto da AUPDTC, na altura sem sucesso”, lê-se.
A ACRIDES acusa a AUPDTC de fazer “declarações nas redes sociais, carregadas de inverdades, calúnias, injúrias, que põem em causa o bom nome da associação e da sua presidente”.
Aliás, frisa que em resposta de uma nota da AUPDTC endereçada ao Ministério da Educação versando acusações graves, em Janeiro de 2021, endereçou uma comunicação ao mesmo Ministro, solicitando um posicionamento sobre a coordenação do espaço que pertence ao Estado.
“Ao qual recebemos a seguinte reposta, em síntese, de que o Espaço foi cedido à ACRIDES há mais de 10 anos, e que nada tinha alterado. Mesmo com essa posição do dono do espaço, o Estado, a AUPDTC não parou com os assédios e as injúrias, em algumas ocasiões teve-se a necessidade de se accionar a PN para por cobro à situação, considerando que trocaram voltaram a trocar as fechaduras deixando a ACRIDES sem acesso ao espaço”, consta.
Face a isto, a ACRIDES informa que deu entrada, em Fevereiro de 2021, a uma queixa crime junto à Procuradoria por entender que tais factos caracterizam assim, crimes de injúria agravada, por meio de publicidade, um crime de calúnia contra a pessoa Lourença Tavares, presidente da Associação e crime de ofensa à pessoas colectivas.
“ACRIDES não vai de forma nenhuma vergar face a injúrias e acusações. Ainda deixamos claro que, não vamos abandonar Tira Chapéu e sua comunidade, porque o nosso trabalho ainda não esta concluído, dada a fragilidade do bairro dos grupos de crianças e famílias vulneráveis que precisam do nosso trabalho”, garante.