Em declarações à Inforpress, disse que com a sua recandidatura pretende dar continuidade ao trabalho feito, particularmente nos últimos anos, num contexto da pandemia.
“Acho que não era correcto retirar-me, num contexto da pandemia, porque os nossos doentes iam ser penalizados”, explicou Cornélia Pereira, acrescentando que o objectivo da sua recandidatura é o de dar continuidade ao trabalho que a associação tem feito junto das pessoas.
Na sua perspectiva, os pacientes de cancro e de outras doenças estão sendo puxados para os “planos inferiores”.
Recentemente, a ACLCC deslocou-se à ilha da Boa Vista onde verificou algumas situações críticas, nomeadamente de uma senhora que apresentou um cancro na mama em “situação extremamente crítica” e, por isso, teve de vir para a Praia para ser seguida na capital.
“Não fossemos nós termos lá estado [na Boa Vista], a senhora continuaria na ilha em situação deveras complicada”, apontou Cornélia Pereira, lamentando que ilhas como Maio e Boa Vista existe uma ausência total de consultas de especialidades.
Para a presidente da ACLCC, hoje, é cada vez mais notória a preocupação dos homens em aderirem à despistagem do cancro da próstata.
“Entretanto, temos de continuar a fazer um trabalho junto dos homens”, destacou, acrescentando que há indicações que neste momento o cancro da próstata é o que mata no país.
Na assembleia geral de hoje, além da aprovação do relatório de actividades e contas, foram eleitos os novos órgãos sociais da associação.