Diante desta situação, segundo o director operacional e de manutenção da CV Telecom, Almiro Rocha, a empresa vê-se obrigada a fazer deslocar-se ao terreno a sua força-tarefa para a reposição dos serviços com a “maior urgência possível”, a fim de os clientes não serem prejudicados.
“Esta situação é já recorrente na zona circunvizinha de Monte Vaca, passando por Ribeirão Chiqueiro, Praia Abaixo e Rui Vaz”, revelou, apontando que no ano se registaram mais de 40 cortes de serviços provocados por acção de terceiros, sobretudo por actos de vandalismo.
Segundo Almiro Rocha, a última acção dos vândalos consistiu no corte de postes correspondentes a cerca de um quilómetro de cabos que têm de ser repostos, assim como os respectivos suportes.
Os vestígios encontrados no local, nomeadamente de motosserras e sinais de pneus, disse Almiro Rocha, revelam que os autores destes vandalismos vão preparados para este tipo de acções.
“E isto degrada a qualidade de serviço que prestamos aos nossos utentes”, lamentou aquele responsável.
“Muitas vezes, os clientes não dão conta dos problemas porque providenciamos rapidamente a reposição dos serviços, mas há sempre um ou outro site que leva horas para o restabelecimento do serviço”, apontou.
Instado se têm identificado os autores dos furtos, afirmou que existem casos em que a justiça autuou, culminando com a prisão de pessoas, assim como de materiais roubados.
“No ano passado, foi dado seguimento a pouco mais de 50 queixas que se encontravam na Procuradoria da República, pelo que não podemos dizer que as autoridades não estão connosco nesta luta”, indicou, acrescentando que também se tem registado cortes por “simples vandalismo”, nomeadamente nos arredores do Estádio Nacional.
De acordo com a mesma fonte, as pessoas não deviam estar a fazer a receptação dos materiais furtados, uma vez que isto constitui crime.