Miguel Lino Ferreira, consultor do projecto de avaliação, recordou que as linhas de crédito foram divididas em duas áreas. Uma de 100 milhões de euros, destinada às energias renováveis, protecção do ambiente e mobilização de água. A segunda, no montante de 200 milhões de euros, compreendeu as infra-estruturas portuárias.
“Temos duas barragens na ilha de Santiago, barragem de Saquinho, barragem da Figueira Gorda; temos dois portos, o porto da Praia, e também o porto de Porto Novo, e por fim uma central fotovoltaica na ilha do Sal. Podemos dizer os resultados são bastante positivos, no caso dos dois portos, e também no caso da central fotovoltaica, e na barragem da Figueira Gorda. Quanto à barragem do Saquinho, confessamos que os resultados que encontramos não eram tão extraordinários”, avança.
O Director Nacional do Planeamento, Gilson Pina, revela que em breve será assinado um novo acordo com Portugal, a partir das lições aprendidas com os projectos agora avaliados.
"É um sistema que vai permitir avaliar um investimento antes da sua execução. Primeiro, vê-se o impacto que o investimento pode ter na economia e a sua sustentabilidade. Mas também vai dar a possibilidade de analisar qual é o retorno que o investimento terá. Ou seja, neste momento, um ministro pode querer executar um plano de investimento, o ministério das Finanças vai ver se o financia ou não, de acordo com as estratégias. Isto é o que acontece . Mas com este sistema introduz-se a ideia do projecto e as mais-valias do projecto. Há um conjunto de processos que a análise vai exigir, para no final saberemos exactamente quais são as conclusões, se o projecto tem viabilidade, se o projecto tem pernas para andar e, mais importante ainda, qual o impacto que esse projecto vai ter em todos os campos”, explica.
O relatório de Avaliação de impacto insere-se no quadro das relações de cooperação entre Cabo Verde e Portugal e debruçou-se sobre as infra-estruturas financiadas por Portugal, construídas entre 2008 e 2017.