Nestes últimos dias, Cabo Verde voltou a registar um aumento de casos de infecção por covid-19, contabilizando, de acordo com os últimos dados do Ministério de Saúde, 505 casos activos.
Contudo, em declarações à Inforpress, Jorge Barreto assegurou que a Direcção Nacional de Saúde vai continuar a avaliar a situação, salientando que retomar ou não as medidas restritivas vai depender da evolução da situação epidemiológica no País.
“Vamos continuar a acompanhar a situação muito de perto para ver, e havendo necessidade o Governo pode decidir retomar uma ou outra medida restritiva que tinha em vigor até bem pouco tempo, mas isso vai depender da avaliação que vai ser feita da evolução da situação”, concretizou o director.
Este responsável apontou, de igual modo, a importância de avaliar as implicações e o impacto das medidas restritivas em relação a outros sectores nomeadamente da economia, da vida social, que, conforme constatou, têm, igualmente, um impacto enorme na saúde da população.
Daí que, ajuntou, há que se fazer um balanço e pensar de forma “muito equilibrada” para atentar quais as melhores medidas que se possa tomar, dependendo das condições disponíveis neste momento em que o País se encontra.
“Como já temos estado a dizer era expectável que quando nós retiramos algumas restrições e as pessoas começam a circular mais, a conviver mais, e ainda por cima sem a obrigatoriedade de utilização de máscaras é normal haver mais propagação do vírus e das suas variantes”, observou Jorge Barreto.
O mesmo lembrou ainda que a covid-19 não vai desaparecer repentinamente, mas que, em contrapartida, há as vacinas para, precisamente, evitar as situações de gravidade e os óbitos.
As principais preocupações, referiu Jorge Noel Barreto, são com os casos graves, que neste momento não há em Cabo Verde, tal como as mortes devido a covid-19, sendo que, mencionou, o último sucedeu em finais do mês de Maio.
O director Nacional de Saúde apelou às pessoas que ainda não estão vacinadas a aderirem à vacinação, principalmente as pessoas idosas e as com doenças crónicas, uma vez que, salientou, são estas que estão a ser mais prejudicadas e que tem um risco acrescido de morte.
Por fim, destacou como ponto positivo o comportamento das pessoas, sendo que muitos estão a usar máscaras por iniciativa própria, conforme viram o número de casos a aumentar no País.