João de Deus Lima afirma que após a comissão analisar a situação do aumento do preço do combustível, a Apesc pretende, na próxima quinta-feira, reunir-se com o Governo "de quem espera uma solução".
“Nestas condições não vamos conseguir sobreviver e a proposta que vamos fazer aos demais operadores e armadores é parar as embarcações e sentar à mesa com o Governo para nos dar uma solução”, assegura
O presidente da Apesc estranhou as contas que resultaram no aumento, recordando que o primeiro-ministro levou um diploma ao parlamento, na sua última sessão, que foi aprovado, com redução em 20% da taxa de imposto de consumo, que passou para seis escudos/litro.
“Como é possível, uma semana depois, a agência reguladora consegue aprovar preços para o gasóleo marítimo com aumento de 37,2%” quando o sector se encontra em situação de falência e nenhum armador vai conseguir colocar os navios no mar para pescar?”, questiona.
Questionando sobre esta questão, o ministro do Mar, Abraão Vicente, nota que apesar das medidas tomadas pelo Governo “não foi possível impedir” o aumento do preço do gasóleo marítimo, que o próprio classifica de “brutal”.
“Estamos a desenhar um conjunto de medidas, entre elas a concretização do fundo de combustível para dar a possibilidade aos armadores de terem um fundo de maneio, através da Apesc, e estamos também a estudar medidas de compensação”, afirmou.
Abraão Vicente confirmou a reunião com a Apesc e outras associações do sector para esta semana,” para apresentar algumas soluções que o Governo já tem desenhado”.