“Até que enfim conseguimos fazer a montagem daquilo que esperávamos para a ilha de São Vicente, com a colaboração de parceiros naquela ilha. Hoje, por volta das 16h00 vai acontecer uma formação que é o primeiro passo para que realmente possamos lá estar, com a participação de várias instituições”, avançou ao Expresso das Ilhas o administrador do CENORF, Alberto Afonso.
Após a formação, o CENORF-Móvel vai fazer tratamentos localmente. Nesta primeira fase, de acordo com o administrador, o CENORF pretende abranger mais crianças.
Isto porque, conforme justificou, o número de crianças que a instituição recebe na ilha de Santiago é ilusória em relação aquilo que pode ser a realidade de São Vicente. Entretanto, o CENORF-Móvel pretende também receber adultos e jovens.
“Com isto, vamos conseguir atingir quatro ou cinco vezes mais pessoas do que recebemos aqui. Certamente há pessoas em São Vicente que nunca ouviram falar de tratamento ortotrópico e nós podemos lá estar a trabalhar este lado. Um apelo que deixamos é a colaboração de estruturas de saúde local”, disse.
Para Alberto Afonso, as estruturas de saúde de São Vicente são de extrema importância, uma vez que são precisos ortopedistas que possam ajudar na questão da avaliação e encaminhamento.
“Toda participação de qualquer pessoa, desde que passe por esta formação é muito bom. No caso das pessoas que não podem custear o seu aparelho, nós estamos a trabalhar junto com a Igreja de Jesus Cristo e outros parceiros para que recebam o tratamento gratuito, devido a conjuntura actual”, informou.
Alberto Silva afirmou ainda que a CENORF precisa de parcerias com o governo, uma vez que há necessidade de levar o carro da Ilha de Santiago para São Vicente, mas também parcerias locais devido aos custos de alimentação e estadia.
De referir que no passado mês de Fevereiro, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias entregou uma viatura adaptada e equipada ao CENORF, visando descentralizar os serviços de reabilitação, para todas as ilhas do país.