A chuva que caiu “mansa” desde a madrugada de hoje e considerada a que realmente deixou a terra “completamente molhada” deu alento aos que já lançaram as sementes à terra e àqueles que, por esta altura, intensificam as sementeiras, segundo agricultores abordados pela Inforpress.
No caso de Santa Catarina, há agricultores que já estão a concluir a segunda monda e dizem-se “esperançosos” de que as chuvas continuem a cair em quantidades suficientes para que possa haver um bom ano agrícola.
No entanto, há localidades agrícolas de Santa Catarina e nos demais municípios que os produtores preveem mais um “mau ano agrícola”, tendo em conta as pragas e falta de sementes para lançarem à terra.
A Inforpress efectuou hoje uma ronda em Santa Catarina, onde pôde constatar que a planta do milho está em fase de floração e com bonecas e feijões com folhas avançadas, nas localidades como Junco, Serra Malagueta, Figueira das Naus e alguns bairros da cidade de Assomada.
No entanto, nas zonas agrícolas como Volta do Monte, Achada Fora, Chão do Monte, Ribeirão Areia e Findo Torril e arredores o milho e os feijões encontram-se em fase de germinação, e em outras parcelas foram lançadas as sementes este fim-de-semana.
Os agricultores asseguraram que a terra está “molhada” com a chuva caída nos últimos três dias e que continuaram esta quarta-feira.
Aliás, nas localidades de Junco, Serra Malagueta, Figueira das Naus e alguns bairros da cidade de Assomada os agricultores já fizeram a colheita do feijão sapatinha e preveem fazer a do milho nas próximas três semanas.
Em Santiago Norte, as delegações do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) garantiram que já têm todas as condições criadas para combater as pragas que estão a danificar a cultura de milho e feijões no sequeiro.
Apesar de cenários que se traçam se revelar “pouco amimadores” em algumas zonas agrícolas da região, vários camponeses continuam no campo e já procederam a primeira sementeira e primeira monda, em várias localidades agrícolas dos seis municípios de Santiago Norte.
Por outro lado, há quem tenha desistido da sementeira este ano por falta de sementes e por estarem a ser vendidas no mercado a um preço “muito caro”, e há outros que pelas despesas da azágua do ano anterior decidiram não correr “novos riscos” por perspetivarem um novo “mau ano agrícola”.
Além das pragas, os agricultores relataram invasão das galinhas do mato, pardais e corvos, sobretudo nos campos situados longe de casa.