Os agricultores da Ribeira de Flamengos, em São Miguel, viram cheias de Novembro arrastarem terrenos e plantações, mas encaram a barragem agora cheia como incentivo para recomeçar, condicionando a recuperação ao acesso a máquinas e mão-de-obra.

Os estragos causados pelas chuvas da passada quinta-feira, dia 13, em Santiago Norte, já estão a ter impacto directo na agricultura, no comércio e no sector turístico local, com a quebra na produção de frutas e hortícolas e os danos em infra-estruturas. Os produtores alertam que os efeitos poderão não ficar confinados à região, com possíveis consequências para o mercado interno e para as outras ilhas.

Mudança nas práticas agrícolas e florestais reforçam resiliência e aumentam sustentabilidade, combinando investigação, experimentação e partilha de conhecimento.

Apesar das previsões para 2025 indicarem chuvas abaixo da média e início tardio da estação, agricultores de Santiago, Santo Antão e Fogo mantêm a esperança. Com as primeiras chuvas já a caírem em algumas zonas, muitos começaram a semear, apesar das dificuldades causadas pela escassez de mão-de-obra, sementes e acesso à água.

​Permitam-me começar pelo fim (conclusão), para facilitar a vida aos leitores que não querem ou não têm tempo de ler o artigo completo: o Centro de Expurgos de Porto Novo, em Santo Antão, nunca resolveu nem vai resolver os principais problemas estruturais da agricultura de Santo Antão. Nem tampouco pode ser considerado como uma medida de política compensatória dos agricultores de Santo Antão pelos elevados custos económicos e sociais que têm vindo a assumir por causa da quarentena imposta à ilha há quase 40 anos.

Entre os agricultores de Cabo Verde não há negacionistas do clima. Todos sentem na pele e no sustento os efeitos das Mudanças Climáticas, que desregulam estações, lhes salinizam a água de rega e aumentam as pragas, entre outros desafios. São o fact-checking vivo dos estudos cinzentos, validando as teorias e os cenários de uma terra que, cada vez mais, exige resiliência e adaptação.

Os agricultores de alguns municípios da região Santiago Norte dizem estar a sentir os impactos das mudanças climáticas, indicando a salinização dos terrenos como uma “grande preocupação”.

Medida será uma das que gerou descontentamento entre os agricultores.

A colheita da cana sacarina, em curso há mais de um mês em todos os vales agrícolas do município do Porto Novo, está a contribuir para amenizar o problema do desemprego no município.

Agricultores da Ribeira do Calhau estão a solicitar a intervenção do Ministério da Agricultura e Ambiente para travar a proliferação da espécie acácia que, dizem, está a absorver a água dos lençóis freáticos e a comprometer o cultivo.

Os principais sindicatos agrícolas de França ameaçaram novamente bloquear as principais vias de acesso a Paris se o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, não responder às suas reivindicações num discurso previsto para hoje à tarde.

Os moradores, agricultores e empreendedores turísticos demonstraram-se hoje esperançosos com o transbordo da barragem de Principal, que é quase a garantia de um bom ano agrícola e melhoria das condições de vida.

O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, afirmou hoje que as expectativas são de um ano agrícola “normal” e garantiu que o Governo vai dar todo o apoio aos agricultores na preparação e durante o ano agrícola 2023-2024.

Os agricultores das zonas agrícolas dos municípios de Santiago Norte estavam preocupados com a falta de chuva, mas após precipitações registadas esta madrugada, que se prolongaram durante o dia de hoje, afirmam que a terra está “completamente molhada”.

O município do Porto Novo, em Santo Antão, foi bafejado, nos últimos dois dias, com chuvas abundantes, que, conforme os agricultores, “há muito tempo não se via”, sem, contudo, criar grandes sobressaltos às populações.

Previsões são animadoras, mas as gentes do campo preferem ‘esperar para ver’. Situação social e económica é crítica.