Januário Nascimento, que falava à Inforpress sobre uma campanha de limpeza que a ADAD promove este sábado, 17, no âmbito do Dia Mundial da Limpeza, celebrado hoje, considerou que, neste momento, o município da Praia passa por um grande problema de saneamento e que ninguém deve passar ao lado.
“A Cidade da Praia está a atravessar por momentos muitos difíceis e nós aproveitamos para responsabilizar não só a câmara municipal e o Governo, mas também o cidadão que tem de estar sensibilizado e ajudar o município da Praia usando as boas praticas”, sustentou.
Sendo a ADAD uma associação do ambiente não pode ficar alheio a este grande problema de saneamento, mas também de saúde pública onde todos devem estar envolvidos e assumir a sua responsabilidade.
“O Governo não pode fechar-se na Várzea e dizer que não tem responsabilidade com a Cidade da Praia. A questão do saneamento é um grande problema do município da Praia, mas os cidadãos também devem ser chamados, os políticos têm que ser mais abertos, mais humildes, devem receber mais contribuições e abrirem-se mais à sociedade civil e às empresas porque todos têm a sua contribuição a dar”, referiu.
Em relação à campanha de limpeza, disse que a ADAD tem celebrado a data, nos últimos anos, e devido à situação que vive a Cidade da Praia, com muitos lixos, este ano decidiram concentrar as acções na capital do País.
“Queremos chamar a atenção para o problema de saneamento no mundo e em particular em Cabo Verde”, sublinhou Januário Nascimento que adiantou que a iniciativa vai contar com a participação dos militares, do sector privado, das associações comunitárias, das organizações da sociedade civil, da comunicação social e da juventude praiense.
Segundo o presidente da ADAD, Achada Grande Frente e Trás, Achada Limpo, São Francisco, Safende e Palmarejo Grande serão as zonas contempladas com a limpeza deste sábado, mas sublinhou que a iniciativa irá continuar e percorrer outros bairros.
Por outro lado, será feita também uma limpeza subaquática no Porto da Praia e uma campanha selectiva nas zonas costeiras para recolher plásticos que serão entregues às empresas de reciclagem.
“Nós queremos lançar um forte apelo à comunidade de santiago sul particularmente a Cidade da Praia que participem activamente, que sujem menos porque a nossa capital merece, mas também para que tenhamos uma cidade saudável, onde todos possam viver com dignidade e em saúde”, concluiu.