Num comunicado de imprensa divulgado hoje, a edilidade apontou que a crise do lixo se deve “à falta de investimentos” no sector do saneamento ao longo de 12 anos.
A CMP diz que ao invés de ser dotado de equipamentos e capacitação técnica para responder à demanda de uma cidade capital, o saneamento foi entregue a empresas privadas “que pouco sensibalidade têm para a satisfação social”.
Segundo justifica a câmara, a crise aguda é, acima de tudo, fruto do aumento da produção de lixo na cidade, mas também da insuficiência de meios materiais para recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, nomeadamente camiões e outros equipamentos.
“Para resolver o problema, a Câmara Municipal optou por alugar viaturas privadas e utilizou a “ex-lixeira municipal” como espaço de vazamento transitório, enquanto estratégia de rentabilização do processo da recolha, por estar aqui perto, para, a partir dali, serem transportados pelos camiões com melhores condições ao aterro sanitário, em Ribeirão Chiqueiro, atividade que se realizou diariamente”, escreveu.
Neste sentido, a autarquia garante que a antiga lixeira continua encerrada, tendo sido utilizada, num momento contingência difícil, apenas como ponto de apoio no processo de saneamento e limpeza da cidade.