A informação é avançada por Iolanda Brites, ponto focal nacional da FiTI, que falava à imprensa hoje, em São Vicente, à margem de um workshop de apresentação da iniciativa.
“Cabo Verde apresentou em 2020 o seu engajamento em aderir a FiTI, tivemos uma paragem por causa da Covid-19. Este ano, o governo designou o ministério do mar como departamento responsável pela implementação da iniciativa”, refere.
Iniciado pelo governo da Mauritânia em 2015, lançado em 2017 na Indonésia, a FiTI conta com o apoio considerável de Estados costeiros, empresas de pesca, associações de pesca artesanal, organizações multilaterais e não-governamentais. A iniciativa é administrada por um Conselho Internacional, composto por especialistas em pesca, governos, empresas e sociedade civil.
Cabo Verde deve cumprir seis requisitos obrigatórios antes de ser considerado país candidato.
No encontro que decorreu hoje em São Vicente foi criado o grupo nacional e multissectorial, considerado um passo “crucial” para a finalização do processo.
“A criação do grupo Nacional e multissectorial é o último passo. Depois iremos trabalhar para produzir o primeiro relatório que será depositado e analisado, e depois damos continuidade na produção de relatórios”, explica.
A aquisição do estatuto de país compatível com a FiTI depende da validação do primeiro relatório.
Segundo Iolanda Brites, a FiTI proporciona um quadro global único para ajudar os países costeiros “a aumentar a credibilidade, transparência e qualidade da informação nacional sobre a governação das pescas, de forma sistematizada".