Emília Monteiro falava aos jornalistas à margem do workshop sobre “Prevenção e controlo de diabetes, longevidade e qualidade de vida: sacrifícios”, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP).
“Não quer dizer que nos deixamo de preocupar já que temos praticamente todos os factores de risco presentes. Falo da nossa alimentação, da obesidade e sobrepeso que temos em Cabo Verde, do sedentarismo que temos. Então, esta taxa de 3, 7%, sim, é preocupante. Estamos a tentar trabalhar com esses factores para diminuir e não aumentar para a média mundial”, explica.
Emília Monteiro diz que o controle da diabetes depende da consciencialização das pessoas em relação a uma patologia crónica que obriga a mudar hábitos e estilos de vida.
"Há uma equipa multidisciplinar, estou a falar do endocrinologista, do internista, que estão nos hospitais e que acabam por tentar, de uma forma mais específica, orientar e consciencializar esses doentes: se não prevenirem, se não se tratarem de forma correcta, podem chegar a complicações e acabam por perder a qualidade de vida. Amputações, cegueira e neuropatia, que é a parte que mais diminui qualidade de vida a esses doentes", avança.
No decorrer do workshop sobre “prevenção e controlo de diabetes, longevidade e qualidade de vida: sacrifícios” serão debatidos temas como "hábitos e estilos de vida saudável na prevenção e controlo da diabetes", "compreender a diabetes: uma forma de gestão e auto-monitoramento da doença" e "diabetes: a farmacoterapiana e prevenção das complicações".