​Projecto de Monitoramento do Meio Ambiente e Segurança na África apresentado no Mindelo

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,28 dez 2022 16:18

Foi lançado em São Vicente o projecto de Monitoramento Global do Meio Ambiente e Segurança na África (GMES-África). A iniciativa visa a observação do ambiente costeiro dos países da CEDEAO, através de dados de observação da Terra via satélites.

No âmbito da execução do projecto, foi constituído um consórcio denominado MarCNoWA - Gestão de zonas marinhas e costeiras no Norte e Oeste da África, que integra o Instituto do Mar (IMar) e o Centro de Investigação Oceanográfica de Dakar-Thiaroye (CRODT/IISRA), no Senegal.

O ponto focal do projecto em Cabo Verde, Vito Ramos, em representação do IMar, destaca a importância do projecto, sobretudo na sistematização e monitorização dos dados para a gestão sustentável dos recursos.

“Este projecto reveste-se de uma grande importância, tendo em conta que os recursos pesqueiros contribuem significativamente para o bem-estar sociocultural e económico dos países costeiros da África Ocidental, empregando cerca de três milhões de pessoas na indústria pesqueira, segundo as estimativas. Um dos principais desafios da gestão dos recursos em África, em geral, tem que ver com a falta de dados contínuos e este projecto permite fornecer aos decisores informações e ferramentas de observação da Terra que apoiem uma gestão eficaz dos recursos marinhos e costeiros na África Ocidental“, afirma.

Reforçar as capacidades regionais e nacionais para a produção e aplicação de informações baseadas em dados de satélites, promoção da colaboração e acesso a informações entre os países africanos são outras metas do projecto.

“Investigar no mar não é fácil, principalmente quando se fala nos custos, porque fazer campanhas contínuas no mar é caro e torna-se bastante complicado, muitas vezes insustentável para a grande maioria dos países de África, nomeadamente os da região da CEDEAO. Aqui a abordagem do projecto, o uso de dados de satélite, da tecnologia de informação, ajuda a suprir uma lacuna que é a falta de dados”, assegura.

O projecto é financiado em 2,7 milhões de euros pelas Comissões da União Africana e União Europeia. A implementação acontece entre Março de 2022 a 30 Novembro de 2025. Beneficia, para além de Cabo Verde, países como Benin, Costa do Marfim, Gana, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Senegal, Serra Leoa, Togo, Nigéria, Mauritânia, Marrocos, Tunísia e Egito. 

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,28 dez 2022 16:18

Editado porSara Almeida  em  29 dez 2022 12:41

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