A edição deste ano do Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional, mostra que Cabo Verde é juntamente com o Botsuana, depois das Seicheles, um dos países menos corruptos do continente africano.
Segundo o relatório, "as reformas do sector público também mantiveram Cabo Verde como artilheiro da região. O país aplicou várias medidas para aumentar a transparência nas transacções governamentais e comerciais, de acordo com seus compromissos de Open Government Partnership".
A tendência nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de três pontos, e considerando os últimos 10 anos, manteve os mesmos de agora: 60.
O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no sector público.
Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.