A informação foi hoje avançada aos jornalistas pelo Primeiro-ministro, após a apresentação pública da Estratégia Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema (ENEPE) 2022-2026.
Questionado se o Governo deu, ou não, um ultimato ao empresário, Ulisses Correia e Silva foi categórico ao afirmar que as obras têm de ser feitas.
“Há um compromisso, há um contrato, há uma convenção de estabelecimento, há uma concessão não podemos continuar com a situação que está neste momento. O empresário, o investidor já foi contactado e esperamos que haja a resposta para que possamos sair desse impasse”, afirmou.
Segundo o governante, David Chow tem estado a pedir prorrogações de tempo. Alguns pedidos, informou, foram atendidos tendo em conta a situação externa da pandemia e outros contextos que criaram dificuldades na execução do projecto.
“Mas esperamos uma resposta definitiva relativamente a continuidade da execução do projecto. O Estado tem sempre a possibilidade de acionar vários mecanismos e estaremos depois a analisar”, referiu.
O projecto do complexo “Djeu”, que contempla casino, marina, escritórios, entre outras valências, foi anunciado em 2001.
A primeira pedra foi colocada apenas em Fevereiro de 2016 e o empresário David Chow prometeu a conclusão do projecto em três anos.
Inicialmente, o investimento era de 250 milhões de euros, mas, depois de mudanças e adendas ao projecto, o investimento passou para 90 milhões de euros.
Em Março de 2022, o presidente da Cabo Verde TradeInvest, José Almada Dias, informou que as obras do complexo turístico não estavam totalmente paradas, indicando que brevemente seriam retomadas.