Esta manhã aconteceu uma tertúlia sobre a “biblioteca humana no feminino”. A Directora Nacional dos Museus, Aleida Aguiar, explica o porquê do tema.
“Pretende-se desmistificar um bocadinho este papel da mulher, associado à mulher. Este papel apenas da mulher ser mãe, esposa, dona de casa e trazer um bocadinho o outro lado da mulher cabo-verdiana. Trazer esse lado da mulher enquanto empreendedora, enquanto criativa, enquanto lutadora, enquanto profissional” aponta.
Aleida Aguiar afirma que a mulher cabo-verdiana tem conquistado espaço na cultura e na arte.
"Antigamente, a mulher estava mais associada às lides domésticas e hoje em dia temos um leque enorme de artistas, artistas plásticas, artesãs. Enfim, um leque enorme de artistas que tem singrado na nossa sociedade, que tem mostrado que sim, que o espaço da arte não é só para os homens”, explica.
Ainda dentro das actividades do IPC, será realizada esta tarde, no Museu Etnográfico da Praia, uma mesa redonda com a especialista do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Anilsa Gonçalves, sobre a desconstrução de estereótipos de género na participação política. Participa igualmente do evento a doutoranda em Património pela Universidade de Las Palmas, Yaiza Santana, que abordará o tema da introdução da perspetiva de género nos museus.
Reivindicar a presença das mulheres como protagonistas da história e tornar visível a sua contribuição é um dos objetivos do IPC.