Amaro Varela, comandante regional de Santiago Norte do SNPCB e comandante de operações do incêndio na Serra da Malagueta, disse esta quarta-feira que o comandante dos bombeiros municipais da Praia fez declarações "falsas, infundadas e irresponsáveis" ao afirmar que "fome e cansaço terão sido uma das causas do acidente" que vitimou os militares.
"Pela posição que o comandante dos bombeiros da Praia tem, não devia fazer declarações daquelas, porque não são verdade", apontou Amaro Varela. "Ele está a tentar por em causa o trabalho feito pelas equipas que estiveram no terreno durante 56 horas ininterruptas".
O comandnate regional de Santiago Norte do SNPCB explicou igualmente que os militares foram deslocados "para ir fazer a rendição e o reforço do primeiro contingente que tinha chegado a Figueira das Naus na madrugada de Domingo, chegando ao local às 14h50".
Logo à chegada, assegura Amaro Varela, "foi-lhes dado um primeiro lanche constituído por sandes, iogurte e uma sopa", posteriormente, acrescentou o comandante regional, "foi-lhes oferecido o almoço".
Após a rendição o primeiro contingente partiu em direcção à Praia, partindo o segundo contingente para a localidade de Ribeira das Pratas "usando o trajecto da Serra da Malagueta onde acabaram por ter o fatídico e grave acidente".
Para Amaro Varela o "comandante [dos bombeiros da Praia] foi muito irresponsável e muito imprudente" ao fazer estas declarações. "O segundo contingente não chegou a participar nas operações, porque estavam a caminho de Ribeira das Pratas para darem início à sua missão. Eles não chegaram a fazer o seu trabalho".
"Apelo ao comandande dos bombeiros da Praia para ser um homem mais responsável e para respeitar o trabalho feito. Estivemos 56 horas no terreno".
Também o Comandante da Guarda Nacional, Casimiro Tavares, classificou o posicionamento do Comandante dos Bombeiros da Praia como "declarações irresponsáveis" e garantiu que "aos militares destacados foram garantidas as condições adequadas de alimentação, pelo que não procede a informação veiculada".
Quanto às causas do acidente, Casimiro Tavares assegurou que "serão devidamente averiguadas, e não se devem basear em conjecturas, mas sim em factos que permitam conclusões concretas".