Alexandre Rodrigues disse que com o mapa do ruído é possível dizer o nível de ruído em diversas localidades, sendo este um instrumento fundamental para ajudar na tomada de decisões.
“Com esta informação, podemos decidir se podemos fazer um novo licenciamento de outra actividade poluidora ou não naquele sítio, que medidas devemos tomar em um determinado local para baixar a intensidade do ruído. É um instrumento realmente poderoso de gestão”, explica.
A lei sobre a poluição sonora em Cabo Verde está em vigor desde de 2013. Alexandre Rodrigues afirma que a lei precisa de uma revisão para ser mais aplicável.
“É uma lei que consegue dar resposta, mas precisa de alguma regulamentação para poder garantir a sua aplicabilidade real e fornecer às autoridades, como a Direcção Nacional do Ambiente, a Polícia Nacional e outras autoridades, ferramentas sólidas para aplicar a lei. A Direcção Nacional do Ambiente está a trabalhar na revisão da lei, mas quando digo revisão é no sentido de verificar quais normativas precisam de uma melhor regulamentação para tornar a lei mais aplicável”, avança.
Alexandre Rodrigues, avança que Cabo Verde tem sonómetros, mas é preciso mais sofisticação nesses equipamentos para poder facilitar a produção de um mapa do ruído.
O atelier sob o título “Poluição sonora – efeitos na saúde, medidas de prevenção e controlo”, realizado pela Direção Nacional do Ambiente, tem por objectivo consciencializar a sociedade cabo-verdiana para a necessidade urgente de controlo dos níveis de ruído e de uma convivência cada vez mais harmoniosa entre o homem e o meio ambiente em direcção à elevação da cidadania ecológica e melhoria da qualidade ambiental em Cabo Verde.