Lourenço Lopes fez esta afirmação em declarações aos jornalistas à margem da conferência “Moldar um futuro de direitos- Liberdade de expressão como motor de todos os outros direitos humanos” promovido pela Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC).
“Temos que acreditar que vivenciamos um ambiente de liberdade de imprensa em Cabo Verde. A nível do Governo damos toda a garantia de que não existe nenhuma interferência na linha editorial ou naquilo que é o trabalho jornalístico quer dos órgãos públicos, quer dos órgãos privados”, disse, quando confrontado com o relatório dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) que refere que as decisões do Conselho Independente da RTC coincidem sempre com as do Governo.
Nesta linha, Lourenço Lopes desafiou todas as instituições a colaborar com os profissionais da comunicação social.
“Um jornalismo de qualidade ajuda na própria governação do país. Existe total abertura do Governo e das instituições da administração pública para facultar as informações que contribuam para o exercício cabal do jornalismo em matéria de transparência para que os jornalistas possam produzir conteúdos com objectividade e com isenção”, assegurou.
O Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro diz que o Governo recebe a avaliação dos RSF com satisfação e que encara a subida para o 33º lugar como um sinal importante para continuar a reforçar a liberdade de imprensa no país e reforçar as condições para o exercício de um jornalismo de qualidade.
Por isso, argumentou que o executivo tem vindo a reforçar a atenção aos órgãos públicos RTC e Inforpress, mas igualmente dando atenção à sustentabilidade dos órgãos privados de comunicação social.
Como exemplo, citou que está em curso um programa de acção para a comunicação social que irá contribuir para uma maior sustentabilidade quer dos órgãos públicos, mas sobretudo os órgãos privados.
“Nós vamos promover um conjunto de políticas legislativas, significa que vamos ter de revisitar um conjunto de legislação atente ao sector da comunicação social. Falo da lei da comunicação social, da lei da rádio, da lei da televisão, do próprio estatuto dos jornalistas. Mas, igualmente trabalhar naquilo que chamamos publicidade institucional e a revisão do próprio código da publicidade. Porque entendemos que há órgãos privados que podem também ter um maior acesso ao mercado publicitário sem pôr em causa aquilo que é o mercado da Rádio e Televisão Cabo-verdiana”, referiu.