Cabo Verde prepara novo plano de prevenção e controlo das Doenças Não Transmissíveis

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,13 jun 2023 14:22

O Ministério da Saúde está, neste momento, com o apoio da OMS, a preparar o plano de prevenção e controlo das doenças não transmissíveis (DNT) em Cabo Verde 2024/28, com foco na redução dos factores de risco.

É com este propósito que realiza de hoje até ao dia 15, na cidade da Praia, um ateliê para a definição de estratégias, metas e os indicadores prioritários a serem definidos para o país para os próximos cinco anos.

Segundo Emília Monteiro, ponto focal do Ministério da Saúde para doenças não transmissíveis, este plano deveria ser actualizado em 2020, período em que terminou o primeiro Plano Multissectorial de Prevenção e Controlo de Doenças Não Transmissíveis de Cabo-Verde, mas o país não conseguiu essa actualização devido à pandemia de covid-19.

“Por isso, estamos agora a trabalhar com uma consultoria internacional, seleccionada com a Organização Mundial de Saúde (OMS) que vai nos ajudar, juntamente com a equipa nacional, a elaborar o próximo plano das doenças não transmissíveis”, explicou.

O objectivo deste plano, conforme explicou, é integrar diversas instituições e ministérios para um trabalho integrado visando a redução dos factores de risco, já que o Ministério da Saúde sozinho não consegue fazer esse trabalho com o impacto que se espera.

“Então estamos tentando com o Ministério da Educação e Ministério do Desporto elaborar um plano que seja implementado por todos os ministérios, no que se refere ao combate ou a redução de factores de risco das doenças não transmissíveis e das próprias doenças não transmissíveis”, explicou.

“Neste caso estou a falar da diabete, hipertensão, da obesidade, cuja prevalência é muito alta em Cabo Verde, o cancro, que são doenças que têm praticamente os mesmos factores de risco. Então estamos a tentar integrar em um só plano para conseguirmos trabalhar com as instituições esses aspectos”, acrescentou.

Para além da questão da prevenção, o plano deverá também dar atenção aos cuidados paliativos, já que, conforme indicou a ponto focal do Ministério de Saúde, muitos dos casos de doença não transmissíveis têm sido diagnosticados já em fase de complicações.

Emília Monteiro alerta que Cabo Verde tem algumas doenças cuja prevalência está alta, mesmo em comparação com os indicadores a nível internacional.

“Falo da morbilidade por doenças oncológicas, por cancro da hipertensão e dos AVC, acidentes vasculares cerebrais. A diabete está a 3,7%. Não é tão alto, mas consideramos que devemos trabalhar com a Diabete porque não para além de termos muitos diabéticos, temos pessoas com taxas elevadas de hiperglicemia, ou seja, super elevado no sangue, que ainda não se consideram diabéticos”, disse.

Em termos de meta para os próximos cinco anos, a perspectiva é de estabelecer metas com um fundo muito realista, sempre tentando responder aos objectivos de desenvolvimento sustentável.

“O objectivo é tentar diminuir ao máximo os factores de risco, nomeadamente o alcoolismo, consumo do tabaco, sensibilizar as pessoas para uma alimentação mais saudável possível, que não seja muito industrializada e diminuir o sedentarismo”, apontou.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,13 jun 2023 14:22

Editado porAndre Amaral  em  20 jun 2023 8:20

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