Segundo a mesma fonte, Gilson Alves, que foi candidato nas eleições presidenciais de 2021, foi ouvido no primeiro juízo-crime da Comarca de São Vicente, tendo ficado em prisão preventiva, mas não especificou quais crimes o mesmo estava indiciado.
No entanto, em Março, o músico Jacinto Pereira, conhecido em São Vicente por Djassa, acusou Gilson Alves de o ter “agredido na cabeça e na costela”, nas proximidades da sua residência em Chã de Alecrim, São Vicente. Após ser suturado na cabeça, no Hospital Baptista de Sousa, o mesmo apresentou uma queixa contra Gilson Alves.
Igualmente, a esposa do músico, Vicência Monteiro, apresentou uma queixa contra o ex-candidato à Presidência da República por alegadas “ameaças contra a sua pessoa”.
Por sua vez, Gilson Alves também apresentou uma queixa contra Djassa alegando que “sofreu uma tentativa de assassinato com um serrote por parte do músico”.
No início deste mês, precisamente a 02 de Junho, o músico voltou a denunciar uma “tentativa de assassinato” alegadamente “perpetrado por Gilson Alves”, quando o músico estava na varanda da sua casa, tendo “deixado marcas de seis tiros na residência”.
Nota PJ
Entretanto, uma nota da Polícia Judiciária refere que foi detido "no dia 13 de Junho, fora de flagrante delito, um indivíduo de sexo masculino, de 41 anos de idade, suspeito da prática de um crime de homicídio, na forma tentado, ofensas à integridade física e ameaças".
Os factos indiciados, conforme indica a PJ, aconteceram na localidade de Chã de Alecrim, entre os dias 10 de Março e 2 de Junho, na sequência de desentendimentos entre o suspeito e a vítima, com recurso a arma de fogo e arma branca.
O suspeito foi apresentado, no mesmo dia, ao Tribunal Judicial da Comarca de São Vicente, onde foi submetido ao primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação da medida de coacção pessoal, tendo lhe sido aplicada prisão preventiva.
A alegada tentativa de assassinato já tinha sido denunciada por Djassa à TCV em 2 de Junho.