Informações divulgadas à imprensa pelo coordenador local do SIACSA, Heidy Ganeto, depois do encontro desta terça-feira entre o sindicato e a conserveira, na Direcção-Geral do Trabalho.
“No decorrer este ano 202 pessoas já foram para casa. Mais 162 estão em casa a receber o seu salário normalmente, mas não sabemos se vão regressar ao trabalho. Foi o que a empresa Frescomar nos informou ontem, numa reunião que tivermos na Direcção-Geral do Trabalho, porque falta matéria prima que é o pescado fornecido pela Atunlo. A própria gerência da Atunlo teve uma reunião com o pessoal da empresa para lhes informar sobre a previsão de fechar portas por falência. Em Espanha, a Atunlo já encerrou duas fábricas”, diz.
O responsável sindical diz que os trabalhadores foram despedidos mediante um acordo com a Frescomar. O coordenador do SIACSA alerta igualmente para a possibilidade de mais 200 pessoas serem despedidas com um possível encerramento da Atunlo, na sequência do fecho da sua congénere, Atunlo Santoña localizada na região autónoma no Norte de Espanha.
“Há um ano a Atunlo disse que tinha cerca de 500 trabalhadores. Em Setembro/Outubro do ano passado 300 foram para casa. Então, neste momento, uma média de 200 pessoas na empresa estão na iminência de irem para o desemprego”, alerta.
Heidy Ganeto pede uma maior atenção do Governo ao sector das pescas.
A linha de lombos da Frescomar foi criada em 2015 e gerou cerca de 400 postos de trabalho diretos. Na eminência de todos irem para casa, o SIACSA agendou para sexta-feira uma manifestação pelas ruas da cidade do Mindelo, com concentração às 9h30 na Praça Dom Luís.