homepage
Manuel António da Lomba falava aos jornalistas após tomar posse como director daquela instituição, numa cerimónia, realizada hoje na sede da Polícia Judiciária.
Livramento da Lomba delineou duas vertentes principais da sua actuação como director, contribuir com a sua experiência para fortalecer a instituição e agir como facilitador para garantir o bom andamento dos trabalhos.
"Estou aqui como um facilitador, como uma pessoa que faz as coisas acontecerem, onde todos os funcionários da Polícia Judicial devem ter plena confiança para seguirmos o bom rumo", afirmou.
O novo director identificou a insegurança como um grande problema enfrentado pelo país, destacando o tráfico e o consumo de drogas como as principais causas.
Conforme ressaltou, essas situações estão directamente ligadas aos crimes contra o património, incluindo roubos com violência contra pessoas.
Ao abordar a questão das pessoas infiltradas no Estado, Livramento da Lomba chamou a atenção para a necessidade de trabalhar na prevenção, consciencializando sobre a amplitude do problema e adoptando medidas para evitar tais situações.
Questionado sobre as prioridades da sua gestão, o diretor reiterou o compromisso de combater o tráfico e o consumo de drogas, destacando a necessidade de recursos humanos, materiais e instalações adequadas para o eficaz desempenho das actividades da Polícia Judiciária.
"É preciso remodelar a instalação, pois a Polícia Judiciária não é mais a mesma de antigamente. Temos mais recursos humanos, mas precisamos de mais equipamentos sofisticados e instalações modernizadas para enfrentar os desafios actuais", explicou.
Livramento da Lomba também apontou a importância do combate aos ciberataques e crimes cibernéticos, reconhecendo a necessidade de especialização e cooperação com outros órgãos da polícia criminal e a autoridade judiciária para enfrentar esses desafios transnacionais.
Ao ser questionada sobre os maiores desafios que espera ver resolvidos com a nova direcção da Polícia Judiciária, a ministra da Justiça, Joana Rosa, apontou diversos objectivos estratégicos.
"Primeiro é motivar a classe, organizar de melhor forma a Polícia Judiciária, trabalhar a parte que tem a ver com a prevenção e a investigação criminal", apontou.
A ministra sublinhou a importância da colaboração da PJ com outras entidades, incluindo o Ministério Público e a Polícia Nacional, para aprimorar a intervenção e a articulação em investigações criminais.
"Queremos contribuir para a melhoria das atribuições da Polícia Judiciária e torná-la um dos atores fundamentais no combate à criminalidade transnacional, especialmente ao tráfico de drogas", acrescentou.
Joana Rosa enfatizou a necessidade de reforçar a Polícia Judiciária em termos de recursos humanos e técnicos.
"No nosso caso, no orçamento de 2023, propusemos o recrutamento de 18 inspectores da Polícia Judiciária e para 2024 vamos ter mais 50", revelou.
"Estou muito contente de ter podido trazer para a Polícia Judiciária uma pessoa muito experiente, muito capaz, que conhece os desafios da instituição e está ciente de como terá que trabalhar para manter a imagem institucional", concluiu a governante.
Manuel António da Lomba foi nomeado como director da PJ no passado dia 28 de Dezembro de 2023, após a demissão da então directora, Ivanilda Mascarenhas, em Novembro.
