Em declarações aos jornalistas, o administrador executivo do Instituto Nacional de Saúde Pública, Hélio Rocha, considerou que ainda há “muito estigma” perante a lepra, por ser uma doença negligenciada, e explicou que há, ainda, alguns casos de Lepra mas o país tem condições de os eliminar, embora, devido a várias situações às vezes não se “consegue chegar as pessoas”.
Neste caso, recomendou mais sensibilização das pessoas e de um acompanhamento das autoridades de saúde, no sentido de trabalhar o estigma e conseguir eliminar a doença.
Hélio Rocha falava sobre este assunto, num diálogo com técnicos de saúde, enquadrado no Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas assinalada hoje, 30 Janeiro, sob o lema “Unir, Agir e Eliminar”.
“Dengue, lepra, malária, parasitoses intestinais são consideradas doenças negligenciadas, pelo que existem ainda vários desafios a nível global referente a essas doenças e, por não haver um olhar mais profundo em relação a elas, acaba por constituir um problema de saúde pública”, afirmou Hélio Rocha.
“A maioria dessas doenças são todas evitáveis e curáveis, ou seja, se conseguirmos chegar às pessoas que sofrem essas doenças nós conseguiremos a sua eliminação”.
Essas doenças são frequentemente associadas a áreas de pobreza, condições precárias de saneamento e falta de acesso a cuidados de saúde adequados.
No caso da dengue, frisou que continua sendo uma emergência de saúde pública em Cabo Verde e que o País ainda permanece numa situação de epidemia, com alguns casos a registar.
O Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas é uma oportunidade, segundo o INSP de chamar a atenção para um problema global, que afecta milhões de pessoas, com o objectivo de eliminar as doenças negligenciadas e melhorar a saúde global, em linha com as metas programáticas estabelecidas no roteiro das DTN 2021-2030.
No encontro, fez-se o lançamento do boletim epidemiológico da dengue, com informações do ponto da situação da doença em Cabo Verde.