Paula Coelho que falava à margem do VII Seminário Presencial do Núcleo Lusófono, em Luanda, e que se prolonga até sexta-feira, 12, disse que Angola ainda não dispõe desta ferramenta como Cabo Verde, estando os debates sobre a convenção das alterações climáticas muito centrado na concretização dos mecanismos de verificação e controlo.
A governante angolana referiu que a comunidade lusófona sente necessidade de um melhor alinhamento entre si, de tirar vantagens da experiência de cada um dos Estados-membros, de aprenderem uns com os outros e de tirarem lições.
A secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável defendeu o envolvimento dos bancos centrais nas questões climáticas.
“Devemos olhar para as finanças sustentáveis de uma forma mais holística, criar protocolos intersectoriais”, defendeu, acrescentando que seriam um suporte para os protocolos já existentes entre os Estados-membros da comunidade.
Segundo Paula Coelho, a reunião visa um alinhamento sobretudo naquilo que serão os relatórios bianuais e dar a conhecer as metas que cada país conseguiu alcançar até ao momento.
Neste seminário, Angola pretende partilhar a sua experiência sobre a elaboração de uma nova meta “mais ambiciosa” ligada à descarbonização, em alguns setores que têm já um trabalho mais avançado, como os transportes, energia e águas e petróleos, adiantou a governante.
O encontro tem como objetivo fomentar a partilha entre os países lusófonos e aumentar a capacidade de resposta eficaz e eficiente aos resultados do ‘Global Stocktake’ (mecanismo de transparência das Nações Unidas para avaliação e acompanhamento das metas do Acordo de Paris).
O Núcleo Lusófono foi criado em novembro de 2016, para promover o intercâmbio de experiências entre os países de língua portuguesa e fortalecer as capacidades para cumprirem as obrigações de comunicação e transparência incluídas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima no Acordo de Paris.