Nota de imprensa do Palácio Presidencial refere que o acto decorrerá no antigo Campo de Concentração, em Chão Bom, Tarrafal de Santiago. Segundo o comunicado, para além de ser um marco na história de Cabo Verde, constitui também um capítulo com repercussão nos movimentos de libertação nacional nas antigas colónias portuguesas em África.
O Presidente da República, José Maria Neves, convidou os homólogos da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de Angola, João Lourenço e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que já confirmaram presença neste acto simbólico que reafirma o compromisso com os ideais da liberdade, autodeterminação e tolerância.
“O acto permite honrar a memória de todos aqueles que passaram pelo Campo de Concentração do Tarrafal e contribuíram para estarmos hoje onde estamos”, refere o comunicado enviado à Inforpress.
De acordo com a programação, as cerimónias iniciam-se às 6h00 da manhã, com alvorada, seguida de um desfile de honras militares, descerramento da placa do cinquentenário e deposição de coroa de flores, uma homenagem dos chefes de Estado.
Está prevista ainda uma sessão especial que contará com intervenções do presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, do Chefe de Estado cabo-verdiano, dos Presidentes da Guiné-Bissau e de Portugal, e de representantes dos antigos presos políticos, do Governo de Cabo Verde e do Presidente de Angola.
Consta ainda do programa uma conferência “Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia, Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência”, a ser proferida por Victor Barros.
O acto termina com o “Concerto da Liberdade” um espectáculo com artistas de quatro países, Mário Lúcio de Cabo Verde, Teresa Salgueiro de Portugal, Paulo Flores de Angola e Carina Gomes da Guiné-Bissau.