Cabo Verde tem diganosticados 31 casos de hemofilia

PorAnícia Veiga, Rádio Morabeza,16 abr 2024 13:25

A Directora do Programa Nacional de Segurança Transfusional, Conceição Pinto, avança que Cabo Verde tem 31 doentes Hemofílicos diagnosticados e alerta que o número só é conhecido por serem pacientes que têm doença grave. Falta conhecer a realidade dos doentes que têm a doença ligeira.

Conceição Pinto falava hoje à imprensa, à margem da sessão comemorativa que antecipou o Dia Mundial de Hemofilia, celebrado anualmente a 17 de Abril.

“Tendo em conta a incidência da doença na população, nós deveríamos ter entre 60 a 70 doentes hemofílicos em Cabo Verde. Neste momento, temos diagnosticados 31 que são aqueles que têm doença grave, portanto, tem queixas, tem clínica, têm muitas hemorragias e recorrem aos serviços de saúde, são conhecidos. Falta-nos a outra parte, os doentes que têm doença ligeira e só têm hemorragias em situações de traumas ou quando são submetidos as cirurgias”, afirmou Conceição Pinto.

De acordo com Conceição Pinto, o país tem falta de equipamentos para fazer o diagnóstico da doença, sendo actualmente as ilhas de Sal, Maio e Brava as únicas onde não há doentes hemofílicos registados.

“Nós não temos os equipamentos necessários para fazer o diagnóstico no país e temos sempre a necessidade de recorrer a serviços no exterior e isso já é uma limitação. Depois, a distribuição geográfica dos doentes. Temos doentes com hemofilia em seis ilhas, apenas as ilhas do Maio, Sal e Brava é que não têm doentes com hemofilia, então isso dificulta e muito o reconhecimento da doença e mesmo o envio de amostras para fazer o diagnóstico”, frisou.

A Directora do Programa Nacional de Segurança Transfusional aponta que a situação geográfica do país dificulta o acesso a medicamentos e acompanhamento de doentes.

“A nossa situação geográfica dificulta muito a distribuição e, portanto, a gestão dos medicamentos. São medicamentos muito caros e estamos a fazer esforços. Todos os anos vamos adquirindo mais medicamentos e novos medicamentos, mas depois fica difícil conseguirmos distribuir estes medicamentos a todos os doentes, em todas as ilhas e mesmo fazer o acompanhamento do tratamento”, justificou.

A Hemofilia é uma doença genética-Hereditária, que se caracteriza pela desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no indivíduo do sexo masculino. A mutação que causa a hemofilia localiza-se no cromossoma X.

Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas podem ser portadoras da mutação genética que dá origem à mesma.

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Autoria:Anícia Veiga, Rádio Morabeza,16 abr 2024 13:25

Editado porSheilla Ribeiro  em  17 abr 2024 12:05

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