Em declarações à Inforpress, no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo, António Moreira referiu que o país passou por diferentes fases e que desde 2018 o arquipélago deixou de ter casos locais e passou a ter “apenas casos importados”.
Adiantou que até o momento o país continua a fazer a gestão desses casos, visto que continua a ter uma média de 20 a 30/ano.
“Com base no último estudo, temos praticamente em quase todo o território, com excepção do Sal, Brava e São Nicolau, fazemos uma vigilância muito apertada e, neste momento, de Janeiro até esta data registámos seis casos importados, proveniente sobretudo do nosso continente”, declarou António Moreira.
O coordenador do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo assegurou que tem ocorrido uma vigilância aérea e portuária de casos importados, provenientes das zonas endémicas, e a pulverização dos barcos também provenientes desses países.
Este ano o Dia Mundial de Luta Contra o Paludismo é assinalado sob o lema “Acelerar a luta contra o paludismo para um mundo mais equitativo”, visando reforçar a sensibilização e consciencialização que todas as pessoas têm direito a serviços de qualidade, oportunos e acessíveis para prevenir, detetar e tratar o Paludismo.
As primeiras campanhas de eliminação, aconteceram em dois períodos, de 1967 a 1972 e de 1983 a 1985, em que se conseguiu chegar à interrupção da transmissão.
Lembrando que o país recebeu o certificado como país livre da transmissão autóctone do paludismo, um facto que diz ser “importante” e que se torna necessário dar continuidade à “dedicação e o engajamento da sociedade civil”.
Neste sentido, para assinalar a data e obter uma maior consciencialização das pessoas sobre a doença, segundo o coordenador estarão a realizar na tarde desta quinta-feira, 25, uma conversa aberta na sede da Associação Comunitária de Fonton sobre a responsabilização social no combate às doenças de transmissão vectorial.