Herval Silva, coordenador do programa de preservação das tartarugas, disse à Inforpress que a apanha de tartarugas marinhas constitui, ainda, um dos maiores desafios para a preservação desta espécie na ilha do Maio, tendo já esta temporada registado casos de apanha.
“As pessoas ainda têm insistido em capturar as tartarugas marinhas na ilha. Podemos dizer que já nesta temporada já encontramos indícios de apanha em quase todas as praias patrulhadas”, avançou o coordenador.
A par do problema da apanha, o desafio na protecção das tartarugas envolve, ainda, a mobilização de mais voluntários, tendo em conta que, com a perda da população da ilha, segundo Herval Silva, há cada vez menos pessoas disponíveis para participar das acções.
“A ilha do Maio tem perdido muita população jovem. Em certas comunidades não há jovens, apenas idosos e crianças, o que dificulta ter pessoas locais em algumas comunidades para trabalhar connosco”, lamentou.
A Fundação Maio Biodiversidade tem neste momento cerca de cem pessoas a participar em acções de preservação das tartarugas marinhas, com aposta em formação intensiva em Biologia, monitorização e conservação de tartarugas para equipas, líderes e monitores.
As acções da fundação envolvem as comunidades de toda a ilha, tanto é que todas as zonas possuem líderes, com equipa constituída e que tem auxiliado a instituição nas acções de patrulha e sensibilização.