“De acordo com os dados de 2022 notamos que tem havido um aumento, principalmente de cocaína”, precisou a responsável, em declarações à imprensa, à margem da visita à Célula Aeroportuária Anti Tráfico (CAAT), alojada nas instalações do Aeroporto Nelson Mandela.
Esse aumento, observou, tem a ver com o surgimento de novos modelos de tráficos após a covid-19, que, segundo ela, desvirtuou o negócio do tráfico de drogas, sobretudo da cocaína.
Para a representante da ONUDC os traficantes estão a recuperar o tempo perdido durante a pandemia da covid-19.
Cristina Andrade enalteceu, no entanto, o compromisso das autoridades cabo-verdianas na intensificação no combate ao tráfico ilícito de drogas e defendeu que é preciso retirar as drogas no mercado, por serem um factor de risco do consumo.
“Estando mais drogas no mercado, mais probabilidade existem para as pessoas consumirem. Por isso, este trabalho tem de ser feito de uma forma integrada”, apontou.
A CAAT, que foi instalada em 2011, e há algum tempo não estava em funcionamento, tem como propósito reforçar as acções de luta contra o tráfico ilícito aeroportuário.
Financiada pela União Europeia e com um co-financiamento do Governo do Canadá, a CAAT integra uma equipa conjunta de controlo de tráfico ilícito aeroportuário, constituída por efectivos da Polícia Judiciária, entidade coordenadora, Polícia Nacional e Direcção Geral das Alfândegas.