Em declarações à Rádio de Cabo Verde, o administrador da CV Interilhas, Fernando Oliveira avançou que a empresa não consegue atender ao apelo do presidente da Câmara Municipal do Maio sem afectar as operações para as outras ilhas.
“Alocar outro navio à linha Praia-Maio não é possível neste momento para a CVI. O navio Dona Tututa cumpre escrupulosamente o modelo operacional que faz a ligação entre as outras ilhas e cumpre também as necessidades das outras ilhas”, avançou, destacando que os meios da CVI são escassos e comprometidos com o modelo operacional que não podem desfraudar as expectativas das outras ilhas.
Quanto ao abastecimento da ilha, o administrador da CVI disse existirem em Cabo Verde outras empresas que têm meios navais que podem ser utilizados através de fretamento quer pelo Governo quer pela Câmara Municipal do Maio e que podem operar na rampa de betão mediante condições de segurança.
Fernando Braz Oliveira revelou que há um esforço continuado da empresa nas viagens Praia-Maio e, avançou, tem garantias da Enapor de que a rampa metálica do porto inglês estará operacional a partir da próxima semana, permitindo o desembarque do navio Kriola nesta rampa.
A rampa metálica do porto inglês está assoreada desde o mês de Maio e, desde então, os transportes marítimos para a ilha do Maio estão comprometidos, com o navio Kriola a ter dificuldades constantes de atracagem, tendo, inclusive, regressado para a cidade da Praia com os passageiros a bordo algumas vezes.
A população local enfrenta, também, ruptura constante de bens de primeira necessidade, tendo em conta as dificuldades para o transporte de cargas, que deixou de ser feito no navio Kriola devido ao assoreamento da rampa metálica.
Nesta quinta-feira o edil do Maio, Miguel Rosa, reagiu pela primeira vez ao assoreamento da rampa, solicitando a substituição temporária do navio Kriola por outro com melhores condições de atracagem.