“Não temos segurança social, seguro de vida e equipamentos essenciais para salvar vidas, nomeadamente, bote borracha, mota mar, pé de pato, barbatanas e bandeirola de sinalização nas praias, entre outros materiais para facilitar no momento de retirar pessoas da água”, afirmou Alberto Monteiro, um dos nadadores-salvadores, que trabalha nesta área há 20 anos.
A mesma fonte indicou mais problemas que estão a enfrentar, particularmente o baixo salário, frisando que recebem um valor 21 mil escudos/mês.
Aproveitou para apelar às autoridades um aumento salarial para melhorar as condições de vida dos mesmos, sobretudo nesta época em que “tudo está caro”.
Apontou ainda a situação dos transportes para se deslocarem para a praia de São Francisco, aumento do número de pessoas para trabalharem nesta área, falta de subsídio de alimentação e sem condições de beber água ou então comer alguma coisa, disse, factores que os deixa “indignados” na realização do trabalho.
“Pedimos aumento salarial hoje às autoridades e regularização de segurança social no sentido de vivermos com mais dignidade”, realçou, acrescentando que a falta desses meios essenciais dificulta na hora de consultar um médico, pois, segundo explicou, muitas vezes os colegas deixam de ir à consulta e de fazer análises por falta de recursos.
Um outro colega, Mário Tavares, que já labora nesta área há 18 anos, salientou também a mesma preocupação, sublinhando que o trabalho que fazem é “muito arriscado” e que sem seguros “fica complicado”.
“Por ser um trabalho de risco podemos apanhar alguma queda e sem seguros fica difícil comprar medicamentos e também pagar consultas”, assegurou.
Estes nadadores-salvadores pedem que este problema seja resolvido, sobretudo nesta época alta, em que aumenta o número de pessoas a procurar as praias de mar, na maioria jovens.