“É um comércio de um bem de saúde que pode trazer consequências muito graves para a saúde das pessoas. Então, é um grande problema, efectivamente, que temos em Cabo Verde”, afirmou à Rádio de Cabo Verde.
Segundo a bastonária, a venda irregular de medicamentos intensifica a preocupação com o uso racional destes produtos, exigindo uma maior intervenção de farmacêuticos nos serviços de saúde.
À rádio pública, Marcília Fernandes sublinhou a importância da presença de farmacêuticos qualificados no sector público, especialmente nos centros e delegacias de saúde, que, regra geral, não contam com esses profissionais.
“Temos reivindicado, obviamente, desde o início, a presença dos farmacêuticos nos serviços públicos de saúde e de atenção primária”, frisou.
A bastonária também destacou o papel da Ordem na capacitação dos profissionais, mencionando a recente pós-graduação promovida para farmacêuticos do sector hospitalar. Contudo, reforçou a necessidade de ampliar as áreas de especialização, abrangendo farmácia comunitária, regulação e indústria farmacêutica.
Com cerca de 150 membros, dos quais apenas 60 exercem a profissão de forma legal, a Ordem prepara-se para eleições no próximo dia 11 de Janeiro, apresentando uma lista única apoiada pela actual gestão. No final do seu segundo e último mandato, Marcília Fernandes avalia positivamente o trabalho realizado e expressa confiança na continuidade dos projectos em curso.